Formação aquífera descoberta no Quênia poderia suprir o país com água por 70 anos

16/09/2013 11:32 Atualizado: 16/09/2013 11:32
Água jorra de um poço durante um teste (UNESCO)
Água jorra de um poço durante um teste (UNESCO)

Formações aquíferas foram descobertas numa região árida do Quênia e poderiam abastecer todo o país com água por 70 anos, segundo o governo.

A descoberta de duas formações aquíferas “traz esperança para o combate à seca na zona rural do norte”, escreveu no Twitter a ministra do Meio Ambiente, Judi Wakhungu. Ela fez o anúncio sobre o achado numa reunião recente das Nações Unidas.

“Essa riqueza de água recém-descoberta abre uma porta para um futuro mais próspero para o povo de Turkana e da nação como um todo. Devemos agora trabalhar para continuar a explorar estes recursos de forma responsável e protegê-los para as gerações futuras”, disse ela, segundo a UNESCO.

As formações aquíferas contêm cerca de 250 bilhões de metros cúbicos de água e o Quênia como um todo usa cerca de 3 bilhões de metros cúbicos de água por ano. Wakhungu disse que eles estão trabalhando para tornar a água disponível em um mês. “A primeira prioridade é o abastecimento de água à população da região, que sempre viveu com insegurança sobre a água”, disse ela.

O governo também testará a água novamente para confirmar a quantidade e a qualidade. Alguns estudos indicam que pode haver muito mais água fresca subterrânea, mas é preciso investimento. “O importante agora é garantir que haja investimento para garantir o bem-estar e o desenvolvimento das comunidades em Turkana”, disse Brian McSorely, da Oxfam no Quênia, à Reuters.

As formações aquíferas estão nas bacias Lotikipi e Lodwar, no condado de Turkana, norte do Quênia, e foram confirmadas usando tecnologia de exploração por satélite, segundo a UNESCO. Organizações de caridade citadas pela Reuters estimam que muitos no condado vivam com 10 litros de água por dia, metade da exigência humana mínima de água por dia. Dos 41 milhões de pessoas no Quênia, 17 milhões não têm acesso à água potável e 28 milhões não têm saneamento adequado.

Técnicos de perfuração trabalham no desassoreamento da água (UNESCO)
Técnicos de perfuração trabalham no desassoreamento da água (UNESCO)
Uma funcionária supervisiona os testes num poço recém-perfurado (UNESCO)
Uma funcionária supervisiona os testes num poço recém-perfurado (UNESCO)
Água jorra de um poço durante um teste de canalização (UNESCO)
Água jorra de um poço durante um teste de canalização (UNESCO)