A presidente Dilma Rousseff disse na manhã desta quarta-feira (19) que, quando necessário, o governo usará as Forças Armadas para coibir atos de violência durante a Copa do Mundo. A declaração da presidente foi dada após um dos jornalistas ter perguntado sobre atos de vandalismo em protestos espalhados pelo país.
Dilma afirmou ainda que os investimentos em segurança durante a Copa somam R$ 1,9 bilhão, em ações como a estruturação de sistemas de comando e controle dos órgãos de segurança pública. Segundo Dilma, o governo está atuando em conjunto com secretários de Segurança Pública e comandantes da Polícia Militar em todo o país em busca de um protocolo comum de atuação durante manifestações.
Mudanças na lei
A presidente também defendeu mudanças na legislação para coibir atos de violência durante manifestações no país. O texto ainda está em fase de elaboração no Ministério da Justiça. O Planalto teme que protestos contra a realização da Copa voltem se espalhar pelo país durante o evento.
A discussão sobre maior rigor na punição de manifestantes se intensificou após a morte do cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, que foi atingido por um rojão enquanto fazia cobertura de uma manifestação no Rio de Janeiro.
O Congresso já discute um projeto de lei que pode enquadrar manifestantes e movimentos sociais como terroristas. O governo, porém, teme que a proposta, de autoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR), abra brecha para a criminalização de movimentos sociais.
Esse conteúdo foi originalmente publicado no portal Anonymous Brasil