“País rico é país sem miséria”, diz o lema do atual governo. O problema é que não há riqueza, nem comida, se não há uma economia forte. Não há economia fraca com uma indústria forte e geradora de empregos. A retração industrial apontada pelo IBGE de 2,7% demonstra que não há motivos para se orgulhar em 2012.
Os estímulos forçados ao consumo foram como lenha já queimada na velha caldeira, que continua pouco eficiente e pesada. O governo parece fazer de tudo para maquiar essa maria-fumaça, aumentando a publicidade do governo federal e de empresas públicas nos telejornais e até no Carnaval, como se tentasse desviar a atenção do povo para o fato de que esse velho trem não nos levará para onde gostaríamos de chegar nos próximos anos. De fato, o que existe é uma política de gambiarras para acomodar momentaneamente interesses, baseada fundamentalmente em interesses políticos visando a manutenção no poder nas eleições presidenciais.
A saída é o enfrentamento da crise, com estadismo, com liderança, sem receio de contrariar velhos coronéis do poder, visando o bem da Nação. Reforma tributária, reduzindo o caos em que o empresariado se vê compelido em optar por ser esmagado pela carga ou se arriscar em “engenharias” tributária, parece premente. Proteção da indústria nacional contra a invasão de produtos chineses. Melhora da infraestrutura portuária e de transportes. Redução da burocracia, ou melhor, da “burrocracia”. Realização de um plano estratégico de desenvolvimento industrial, com incentivos fiscais federais para a instalação de parques industriais nos diversos rincões do Brasil ao longo dos anos. Controle dos desperdícios de investimentos. Voltar a cumprir a política de metas de inflação, com responsabilidade fiscal, sem maquiagens contábeis.
Não há como se conformar com o que está acontecendo em nosso país. Tantas oportunidades, possibilidades, riquezas. Há tempos anunciamos o sinal amarelo na indústria. O sinal vermelho se acende. Fome Zero, Indústria quase zero e Governo nota zero.
—
Epoch Times publica em 35 países em 21 idiomas.
Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/EpochTimesPT
Siga-nos no Twitter: @EpochTimesPT