Fitness inteligente! Pessoas saudáveis mesmo aos 80

05/03/2015 15:32 Atualizado: 05/03/2015 16:27

A senhora de 70 anos estava usando um par de tênis jumping urbano preto. Pareciam patins em linha, com molas em vez de rodas. Depois de um começo inseguro, mas auxiliada por um treinador talentoso, ela estava saltando e rindo.

Os tênis jumping são mais uma das ferramentas que o personal trainer Damon Hawkins utiliza para ajudar os seus clientes seniores a melhorarem a sua condição física e equilíbrio.

Perda de balanço é a causa número um de fraturas entre as pessoas idosas, diz Hawkins. “Quando as pessoas chegam a uma certa idade este é o aspecto mais importante a treinar”.

Personal trainer desde o inicio dos anos 90 – antes do termo sequer ser conhecido -, o seu objetivo é ajudar as pessoas que estão extremamente ocupadas nos seus anos dourados (frequentemente com trabalhos de caridade) a integrar treinos de forte intensidade mas de baixo impacto, de forma a serem seguros para as articulações envelhecidas.

O objetivo dos seus treinos, diz Hawkins, é estabelecer as bases para a saúde como um todo, tornando o treino uma experiência prazerosa.

Leia também: 
Massagem como método terapêutico
Você sabia que a melancia alivia dores musculares?
• O mito da soja saudável: os prejuizos da soja para a saúde

Para ajudar na diversão, Hawkins traz consigo uma mochila carregada com uma variedade de apetrechos, que vão desde os simples até os de alta tecnologia, para ajudar os seus clientes a se exercitarem.

Ele faz tudo isto em visitas à casa ou no escritório, o que é muito conveniente para as pessoas ocupadas.

Quando ele visitou o escritório do Epoch Times, a sua mala incluía luvas de boxe, tênis jumping, “tapete”de yoga, estimulador muscular elétrico, copos de plástico – que são extremamente úteis para aprender a recuperar o equilíbrio quando se tenta apanhar três, enquanto tenta-se equilibrar em um só pé.

Hawkins tem alguns clientes há mais de uma década e sempre lhes leva novos “brinquedos” para experimentarem. Os tênis jumping são a sua ultima novidade: bons para queimar calorias, melhorar a circulação sanguínea e promover o bom humor.

Eles estão “eufóricos, muito eufóricos. Isso é a coisa mais importante.”, diz Hawkins. “Quando as pessoas os experimentam… começam a sorrir e a rir” Uma vez que as pessoas se sintam bem, é menos provável que regressem aos hábitos pouco saudáveis.

“Quando o seu estômago está dolorido, você entra num estado desses: “Sabe, não quero comer pizza, estou realmente com dor; penei muito… hoje vou tentar fazer a coisa certa”.

Alta intensidade, baixo impacto e divertido

Os clientes de Hawkins variam dos 50 aos 80 anos de idade. Eles querem treinar, mas nunca treinaram antes e sentem-se muito desconfortáveis ou intimidados nas academias com “jovens de Lycra correndo por todo lado”.

Ele especializou-se em ajudá-los a ficar em forma no nível deles, a perder peso e a manter os movimentos funcionais: ensina-os, por exemplo, como apanhar coisas do chão dobrando os joelhos, em vez da cintura.

“Eu tento proporcionar um treino de alta intensidade sem impacto nas articulações, nos joelhos ou na região lombar. A maior parte das pessoas com esta idade sofre de artrite; algumas sofrem de velhas lesões como fraturas ou problemas de joelhos”, disse Hawkins.

Experiência em primeira mão

Ajudar as pessoas a recuperarem a dignidade e a habilidade de poderem realizar as suas tarefas diárias depois de doença ou acidente é também um de seus fortes. Hawkins possui um insight único para atuar em pós-reabilitação, devido a uma experiência de criança.

Hawkins começou a fazer ginástica quando tinha 11 anos, mas adoeceu dois anos depois. Teve que parar com todos os desportos oficiais, uma vez que estava frequentemente doente e não podia atender aos treinos. Nos vários dias em que esteve confinado à cama, demasiado fraco para se levantar, Hawkins inventava exercícios para trabalhar certos músculos, sem causar estresse extra ao seu corpo.

Este período de invalidez deu a Hawkins conhecimento em primeira mão do que é lidar com um corpo fraco e instável, uma experiência que agora o ajuda a compreender os sentimentos dos seus clientes.

Finalmente, ele foi diagnósticado com uma doença renal e teve um dos seus rins removido.

Depois da cirurgia, um amigo, que é treinador de fitness, ajudou-o a obter o primeiro trabalho num clube. Depois de anos trabalhando para diferentes clubes e spas, a lista de clientes de Hawkins permitiu-lhe começar seu próprio negócio, o Home Fit Pro, com dois sócio, em 2006, e a trabalhar com clientes da cidade de Nova Iorque e também de sua extensa área metropolitana.

Ele também encoraja os seus clientes a experimentarem outros treinos e aconselha-os em relação a aulas de outros clubes.

“Eu quero mudar suas vidas para que possam desfrutar de algo todas as semanas, sem ser sempre comigo; eles têm que fazer isso se querem realmente ficar em forma”, diz.

Treinar em casa

Treinando boxe com Hawkins (Epoch Times)
Treinando boxe com Hawkins (Epoch Times)

Hawkins utiliza a sua rica experiência de treino para criar rotinas eficientes e versáteis, que normalmente só seriam possíveis comprando um saco pesado de boxe, fazendo leg-press, frequentando uma aula de aeróbica, ou praticando parkour.

(E ainda assim há a questão da motivação: todos sabemos como é fácil ignorar essas caras maquinas de treino).

Passados 5 minutos de uma sessão de 25 minutos, que começou com cárdio-boxing, seguido de saltos com tênis jumping e terminando com treino abdominal no tapete, o meu ritmo cardíaco estava bem alto; mas eu quase não notei, porque estava muito focada em chutar com a perna correta e socar direito com o braço, tudo enquanto Hawkins pedia mais intensidade.

Nos 20 minutos seguintes, suava profusamente e cheguei ao limite com os meus músculos abdominais internos (o que não demorou muito, dado que pouco trabalham). Calcei os tênis jumping e senti como se estivesse a caminhar na lua. Eles realmente promovem uma sensação de euforia, uma vez que você pegue o jeito de usá-los.

Entre as mais duras atividades, uma serie de abdominais direcionados aos meus oblíquos. Hawkins entreteve-me com histórias da sua profissão, fazendo-me esquecer quantas repetições mais me faltavam fazer. Fez com que o tempo passa-se mais rápido e, por sorte, ele também sabia quantos faltavam.

No final de tudo, foi um treino mais rápido e eficiente do que eu conseguiria realizar sozinha ou com aparelhos, porque Hawkins usou o seu próprio corpo como alvo e suporte para o meu equilíbrio. Ele aplicou a quantidade certa de resistência a um abdominal, de forma que eu senti isso como resultado do meu próprio esforço.

Serviços personalizados e tratamentos de spa

Hawkings adapta o nível de dificuldade de seu treino de fitness aos modos com que cada pessoa aprende. “Toda pessoa tem suas próprias peculiaridades que a ajudam avançar. Algumas pessoas querem fracassar e outras querem sair-se bem”, disse.

A chave, disse, é “prestar atenção ao que as pessoas precisam”.

Adicionalmente às aulas e ao personal training, anos de experiência em diferentes clubes e spas possibilitaram a Hawkins e seus sócios conhecerem uma rede de especialistas a quem podem recomendar os seus clientes, desde a nutrição e a massoterapia, assim como outros serviços de spa.

Brincando com ímãs

Os aparelhos magnéticos recomendados por Hawkins (Epoch Times)
Os aparelhos magnéticos recomendados por Hawkins (Epoch Times)

Muitas pessoas podem ainda não saber que caminhar no cimento é mais desgastante para o corpo do que caminhar sobre a terra, afirma Hawkins. Isto acontece porque a Terra possui um campo magnético, que energiza o corpo humano, mas que está parcialmente bloqueado por camadas cimento.

“A Terra é ela própria um imã e quanto mais cimento e aço entre a terra e os pés das pessoas, menos energia magnética elas recebem. É por isso que muitas pessoas se tornaram mais fracas de um ponto de vista biológico”.

“Antigamente, as pessoas tinham mais energia porque não existia nada entre a força magnética da Terra e os corpos das pessoas”.

Usar ímãs pode ajudar as pessoas a ter mais equilíbrio, melhorar a circulação e, em alguns casos, reduzir a dor.

Hawkins diz que a sua primeira experiência com um produto, “Uau!!”, aconteceu quando um amigo, num ginásio, lhe mostrou um bastão com dois ímãs esféricos na ponta, que giravam [parecidos com uma clava medieval – veja na foto acima]. O amigo começou a girar as esferas e aproximou o bastão do corpo de Hawkins. Depois de um curto período, Hawkins sentiu a sua dor no peito desaparecer.

Hawkins trabalha com ímãs há anos e diz que ainda que não saiba exatamente o porquê deles funcionarem, ele testemunhou que podem melhorar a saúde dos seus clientes. Um dos clientes estava sofrendo com dor em forma de agulhadas e dormência nos pés, devido ao diabetes. Estes sintomas desapareceram quando começou a usar palmilhas magnéticas.

Palmilhas magnéticas (Epoch Times)
Palmilhas magnéticas (Epoch Times)

“Testemunhei tamanhas melhoras nos meus clientes devido a estes ímãs… Uma vez que ele [ímã] estiver em contato com o corpo, este será totalmente inundado com suas energias”.

Ele demonstrou o poder de enraizamento dos ímã ao me pedir que sobrepusesse minhas mãos e as levantasse no nível do peito. Assim que ele forçou-as para baixo, eu me desequilibrei. Mas quando coloquei as palmilhas magnéticas ou usei uma pulseira magnética, os meus pés pareciam presos ao chão. Mesmo quando o meu tronco pendia para a frente, os meus calcanhares permaneciam plantados.

Depois dele ter movido o bastão com as esferas magnéticas à minha volta, eu facilmente consegui girar o tronco 10 graus além do que conseguira anteriormente.

Hawkins ajuda os seus clientes a escolherem uma variedade de produtos magnéticos, desde braceletes a colares, joelheiras, cotoveleiras, palmilhas, chuveiro para remover cloro e até uma cobertura magnética para colchão [tipo de colchonete que contém ímãs] que Hawkings e sua família usam há anos. Ele afirma que isso [o colchonete] ajuda a tornar o sono mais profundo e a eliminar toxinas de seus corpos.
Contatos de Damon Hawkins: www.homefitpro.com e-mail: damon@homefitpro.com
June Fakkert, Epoch Times