Filipinas buscam diplomacia no Shoal Spat

18/04/2012 03:00 Atualizado: 18/04/2012 03:00

Alexander Pama, vice-almirante da Marinha das Filipinas, dá uma declaração na última quarta-feira 11 de abril sobre o impasse entre o maior navio de guerra das Filipinas e dois navios chineses no Mar da China Meridional. (Noel Celis/AFP/Getty Images)O presidente das Filipinas, Benigno S. Aquino III, disse que uma guerra com a China sobre a área disputada do Shoal Scarborough no Mar da China Meridional foi descartada.

Aquino disse na segunda-feira que as Filipinas “permanecem firmes. Temos duas missões: uma, não agravar a situação, e dois, proteger nossa soberania”, informou o Boletim de Manila. Ele disse ao Manila que asseguraria sua soberania e reivindicaria o Shoal, chamado Panatag.

A China e as Filipinas estão travadas num impasse naval desde a semana passada sobre quem é o dono do banco de areia (shoal). A Marinha filipina tentava deter a extração de coral dos navios de pesca chineses.

Sobre um potencial conflito militar, Aquino vagamente citou o famoso estadista britânico Winston Churchill, dizendo, “É melhor falar, falar, falar do que guerrear, guerrear, guerrear”, relatou o Boletim.

Os comentários do presidente ocorreram enquanto os EUA e as Filipinas iniciaram exercícios militares de duas semanas chamados de “Balikatan”, que estavam programados antes do impasse começar.

“Isto não resultará em provocação. Como já dissemos, os exercícios (Balikatan) estavam agendados e não têm nada a ver com o incidente”, disse Abigail Valte, porta-voz do vice-presidente, conforme citada pela Estrela Filipina.

Valte acrescentou, “Não tem nada a ver com o incidente em Panatag porque os exercícios são sempre agendados com antecedência”, informou a publicação.

Os exercícios Balikatan envolverão 4.500 militares dos EUA e 2.300 das Filipinas.