Filho sequestrado pelo regime durante Congresso do PCC

15/11/2012 08:20 Atualizado: 15/11/2012 06:53
A foto mostra peticionários de áreas diferentes da China em Pequim em 1º de julho de 2012 (De uma fonte na China continental)

Ge Zhihui, vítima da demolição forçada de sua casa, tornou-se alvo para “controle” do Partido Comunista Chinês (PCC) durante o 18º Congresso Nacional por causa de seus anos de petições persistentes.

Cerca de um mês atrás, as autoridades sequestraram seu filho de oito anos para forçá-la a aparecer. A Sra. Ge Zhihui manifestou sua intenção de lutar pela justiça, mesmo com o risco à vida de seu filho e deixou o público ciente do sequestro da criança.

Numa gravação de vídeo, Ge Zhihui disse que no ano passado as autoridades também ameaçaram a segurança de seu filho durante as reuniões anuais do Congresso Nacional Popular e da Conferência Consultiva Política. Ela foi posteriormente presa por 14 dias.

Este ano, as autoridades também sequestraram a mãe de seu ex-marido para obrigá-la a aparecer novamente para dois encontros. Seu filho e ex-marido agora estão detidos ilegalmente pelas autoridades para o 18º Congresso do PCC. Ela agora pede às pessoas que mostrem seu apoio.

A peticionária Ge Zhihui de Pequim declarou, “Você demoliu minha casa à força. Eu fiquei incapacitada por seus espancamentos. Você até me enviou para a cadeia. Agora, você ilegalmente sequestra meu filho e meu ex-marido. O regime do PCC é um bandido criminoso. Liberte imediatamente o meu filho! Haverá retaliação por seus atos! Espero que todos os cidadãos da China, bem como ativistas dos direitos humanos, tomem conhecimento do meu caso.”

Hu Jun, um organizador da Campanha de Direitos Humanos na China, expressou seu espanto diante de um governo que está envolvido em manter uma criança como refém e acredita que tal regime está se destruindo. Ele disse, “Ele [o PCC] está protegido pela polícia, pelas forças de segurança e por armas nucleares, mas teme de tal forma uma mulher de 40 anos numa cadeira de rodas que usa uma criança como refém! Isso não pode ser racionalizado. Ele está morrendo e este é seu último ato de loucura antes de perecer.”

A peticionária Wu Tianli de Pequim chamou o PCC de “um governo desonesto”. “Há mais de 20 pessoas e pelo menos dois carros em frente a minha casa”, disse Wu Tianli. “Eu não posso sair, mesmo para ver um médico. Estamos diante de um governo desonesto sem precedentes que reprime brutalmente o povo em nome de seu 18º Congresso.”

Durante o 18º Congresso do PCC, a Secretaria de Cartas e Chamadas do Estado, onde peticionários têm o direito legal de recorrer ao Estado por justiça, estava fortemente vigiada. Carros de polícia de várias províncias e cidades, bem como oficiais à paisana por toda parte monitoravam os arredores e pontos de ônibus. Cada província tem seus oficiais estacionados em Pequim para vigiar e levar sob custódia peticionários que possam surgir. Esta Secretaria atualmente se apresenta sem qualquer peticionário, uma cena raríssima.

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