Filho do chefe da segurança da China ganha a vida com a corrupção

25/05/2012 03:00 Atualizado: 25/05/2012 03:00

Há muito tempo, o chefe da segurança chinesa Zhou Yongkang tem uma reputação de ser violento, corrupto e sedento pelo poder. Seu filho também construiu sua vida através da rede do pai, segundo artigos da mídia chinesa no estrangeiro.

Além do título de chefe da segurança doméstica chinesa, posição atual como líder do comitê que supervisiona as informações, a polícia, a justiça e o sistema penitenciário, e de conexões com chefes da máfia em todo o país, Zhou Yongkang foi o único membro do Politburo nomeado pelo Daily Mail do Reino Unido numa lista de 2009 dos mais poderosos “colares pretos” da China. Isso significa que o poder de Zhou se estende ao submundo. Sua posição abriu o caminho para a riqueza e proteção garantida para aqueles que o rodeiam.

O filho de Zhou, Zhou Bin, foi relatado recentemente pela mídia chinesa no estrangeiro estando envolvido no resgate ilegal do segundo maior chefe da máfia da província de Gansu, que cometeu um assassinato e depois esquartejou o corpo da vítima. Diz-se que o custo por trás da “fiança” foi de 20 milhões de RMB (3,2 milhões de dólares).

Em outro caso, envolvendo um policial acusado de derramar água fervente sobre o corpo de um detido, Zhou Bin teria recebido 100 milhões de RMB em suborno para usar sua ligação como filho do chefe da segurança e resolver o caso. Por fim, o policial não foi responsabilizado.

Os casos acima mencionados foram registrados no Tribunal Popular de Gansu e no Supremo Tribunal Popular, respectivamente. Através dos casos, Zhou Bin ganhou a reputação de ser um homem que “toma o dinheiro e apara o golpe”.

Quando Zhou Yongkang foi chefe do Ministério de Terras e Recursos, Zhou Bin revendia terras para lucro. Quando Zhou assumiu a chefia do Partido Comunista Chinês (PCC) na província de Sichuan, Zhou Bin se envolveu em vários projetos de grande escala e também vendeu posições de liderança.

Zhou Bin possui propriedades na China e no exterior, e tem grandes depósitos bancários em Hong Kong, nos EUA e na Suíça.

Casos de suborno implicando Zhou Yongkang

Em novembro de 2008, quando o bilionário chinês Huang Guangyu foi preso por “alocação ilegal de fundos”, um homem chamado Zheng Shaodong recebeu uma severa punição de estilo comunista, a shuang-gui, ou seja, ser investigado pelo Partido num local específico, que geralmente leva ao afastamento do Partido e dura prisão.

Na época, pessoas familiarizadas com a elite chinesa disseram que no mundo da política o nome de família Zheng era Zhou, referindo-se a sua conexão com a família Zhou. Pessoas próximas aos altos oficiais, que falaram com o Epoch Times, revelaram que como secretário do Ministério da Segurança Pública, Zheng confessou ter dado a Zhou Yongkang mais de 3 bilhões de yuanes (474 milhões de dólares) em subornos e ilegalmente lavado 20 milhões de dólares no exterior para Zhou. Ele também assistiu na resolução de alguns casos de corrupção de Zhou Bin.

É dito que Zhou Yongkang ficou furioso com a confissão de Zheng. Quatro meses depois de a investigação de Zheng começar, foi relatado que Zheng cometeu suicídio.

Em outro caso, Li Yuan, o ex-vice-ministro do Ministério de Terras e Recursos, que trabalhou com Zhou, recebeu a mesma punição em 2011. Mas Zhou cancelou as investigações, presumivelmente por medo de ser exposto.

Após a recente perda de todas as posições do PCC de Bo Xilai, aliado político de Zhou, fontes bem colocadas em Pequim revelaram que o presidente Hu Jintao e o primeiro-ministro Wen Jiabao teriam ordenado ao Comitê Disciplinar do Partido que investigasse Zhou.

Quando o ex-chefe da polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, os oficiais que o ex-líder Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição, procura evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha. Outros oficiais têm se recusado a continuar participando da perseguição. Os eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.