Com a Polícia Civil prestes a chegar ao chefe da quadrilha da venda ilegal de ingressos na Copa do Mundo do Brasil, tendo como principal suspeito do esquema, Raymond Whelan, um alto executivo da empresa Match, o promotor do Ministério Público do Estado do Rio que acompanha o caso, Marcos Kac, afirmou que “a FIFA não está colaborando com a investigação.”
Segundo Kac, somente nessa segunda-feira (7), após quatro dias de espera, a FIFA enviou a lista de credenciados solicitada pela polícia do Rio. Em nota, a FIFA informou que a relação pedida contém os números de telefone de todos os funcionários que estão a trabalho no Brasil para a Copa do Mundo, além dos cargos e vínculos com a Federação.
Além disso, Kac considerou “um absurdo” a liberação de Whelan, CEO da Match, que foi solto após pagar fiança de R$ 5 mil. “A pessoa que soltou não conhece o inquérito”, disse Kac, referindo-se a Marilia de Castro Vieira, desembargadora que proferiu a decisão no plantão judiciário durante a madrugada de hoje (8).
Ray Whelan é apontado como principal fornecedor do esquema milionário de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo de 2014. “Essa quadrilha movimentava milhões. Cadê o dinheiro que não aparece? É o que estamos tentando descobrir e agora o principal suspeito está solto”. “Ele foi solto no plantão com base em nada”, afirma Marcos Kac.
Ele acrescenta que o trabalho de detalhamento das 22.000 horas de gravações telefônicas está em ritmo acelerado e já produziu resultados. “Vai ficar muito feio para a Fifa”, afirmou o promotor.