Os ferroviários alemãos seguem com a maior paralisação dos últimos 20 anos do país. A greve é organizada pelos maquinistas da Deutsche Bahn, vinculados ao sindicato GDL (Gewerkschaft Deutscher Lokomotivführer), e vai durar até segunda-feira (10).
A paralisação ocorreu pela manhã, quando a maioria dos alemães se preparava para ir para o trabalho. Foram especialmente afetadas as linhas suburbanas e intermunicipais. O tráfego de produtos também foi paralisado.
Em Berlim, pela manhã, apenas um terço dos trens urbanos circularam na sexta-feira (7), provocando engarrafamentos acima do normal. Entretanto, os cidadões foram avisados com antecedência e puderam buscar soluções para se locomoverem durante a maior greve dos últimos anos.
Na região da Renânia, oeste do país, a mais populosa da Alemanha, junto com Colônia e Dusseldórfia, a população foi igualmente muito afetada.
Na Baviera, região sul, pelo menos 50% dos vagões foram paralisados, segundo a Deutsche Bahn. Em Munique, segunda maior cidade, os carros circulava somente um a cada hora.
A greve ocorre quando a Alemanha celebra o 25.º aniversário da queda do Muro de Berlim. Dois milhões de visitantes são esperados na capital alemã por ocasião do evento.
No centro do conflito está uma reivindicação de aumentos salariais e de redução do horário de trabalho, mas também um diferendo sobre a representatividade do sindicato que quer negociar com a Deutsche Bahn em nome de outras categorias profissionais além dos maquinistas. A empresa rejeita.
O conflito iniciado em setembro é considerado extraordinariamente grande na Alemanha, país conhecido pela qualidade do diálogo social.
Com informações do Jornal i