131 municípios em situação de emergência no estado do Rio Grande do Sul. As autoridades estimam haver perdido metade de sua produção agrícola
PORTO ALEGRE, Rio Grande do Sul – Enquanto as chuvas de verão castigam o Sudeste brasileiro causando destruição e dezenas de mortes, no Sul, o Brasil vem sofrendo com a seca por causa do fenômeno “La Niña”. Uma seca severa está afetando o estado do Rio Grande do Sul, um dos maiores produtores agrícolas do país.
Segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul já foram afetadas 531.228 pessoas e 131 municípios decretaram estado de emergência devido à “seca” ou nível mínimo de fluxo, que já dura mais de um mês e também alcança o oeste do estado de Santa Catarina.
Segundo as autoridades, as plantações mais afetadas as são de milho e feijão, mas a produção de leite também foi afetada. De acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS), a perda de todo o estado já chega a 2 milhões de toneladas de grãos, com algumas culturas tendo perdido 90% da safra, informou a mídia Globo-G1.
Produtores estimam a perda de metade de toda a produção no estado do Rio Grande do Sul e um prejuízo de mais de 1 bilhão de reais, de acordo com o jornal Gazeta de Alagoas.
O governo brasileiro anunciou que deverá liberar nos próximos dias 20 milhões de reais para ajudar os atingidos pela seca no Rio Grande do Sul.
“La Niña”
Este é um dos fenômenos climáticos mais temidos pelos agricultores no sul do Brasil. “La Niña” é um fenômeno oceânico-atmosférico oposto ao “El Niño”, caracterizado por um resfriamento anormal das águas superficiais no Oceano Pacífico Tropical.
No Brasil, enquanto a umidade da Amazônia escapa para toda a região central causando chuvas, o sul fica extremamente seco.