FAO: Preço mundial dos alimentos deve continuar volátil, apesar da estabilidade no mercado

10/10/2013 13:30 Atualizado: 08/11/2013 15:25

Apesar do momento atual ser calmo para os mercados, os problemas com os preços mundiais dos alimentos não terminaram, disse o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o brasileiro José Graziano da Silva, em uma reunião ministerial sobre os preços internacionais dos alimentos.

O diretor-geral admitiu que a reunião deste ano ocorre em um contexto menos preocupante do que a primeira reunião em outubro de 2012, quando os ministros se encontram para responder ao terceiro aumento dos preços internacionais dos grãos em cinco anos.

“Finalmente, a perspectiva para os mercados internacionais de alimentos básicos parece ser mais tranquila”, disse Graziano, acrescentando que a produção de grãos se recuperou, com o aumento da relação entre as reservas e o consumo trazendo mais estabilidade aos preços. Segundo ele, o índice da FAO para os preços dos grãos é 20% menor do que há um ano.

Embora o mercado tenha se estabilizado, o diretor-geral lembra que “os preços internacionais estão em queda, mas ainda estão acima dos níveis históricos. E os preços devem continuar voláteis nos próximos anos”. Ele instou os países a aproveitar este momento de relativa calma para se preparar para a futura turbulência do mercado e encontrar soluções duradouras para os problemas relacionados com a volatilidade dos preços dos alimentos.

“A situação atual é uma oportunidade para os agricultores de reinvestir na agricultura”, disse Graziano, pedindo que eles desenvolvessem um conjunto de políticas que forneçam aos pequenos agricultores os meios para tirar proveito desta situação.

Graziano também destacou o Sistema de Informação sobre Mercados Agrícolas (AMIS, na sigla em inglês), iniciado pelo G20 em 2011, que segundo ele provou ser uma maneira nova e eficaz de combater a excessiva volatilidade dos preços, proporcionando confiabilidade e aumentando a transparência no mercado internacional de alimentos.

Esta matéria foi originalmente publicada pela ONU Brasil