Falun Dafa forma imagem de paz numa região conturbada
Enquanto espadas são agitadas em Tóquio e Pequim em resposta à reivindicação da China para uma zona de defesa aérea que engloba a maior parte do Mar do Leste da China, cerca de sete mil praticantes do Falun Dafa se reuniram em Kaohsiung, Taiwan, em 24 de novembro para formar uma imagem de paz e benevolência.
Os praticantes do Falun Dafa, também conhecido como Falun Gong, vieram de destinos longínquos, como os Estados Unidos, Canadá, Suíça e Peru, bem como de locais relativamente próximos, como Hong Kong, Coreia do Sul, Japão e Vietnã, além de toda Taiwan, é claro, para a conferência anual da Associação do Falun Dafa de Taiwan. A conferência deste ano foi a maior já ocorrida em Taiwan nos 18 anos desde que o Falun Dafa foi introduzido em Taiwan.
Os adeptos do Falun Gong praticam um conjunto de exercícios de meditação e se esforçam para se tornarem pessoas melhores, vivendo de acordo com os princípios da verdade, compaixão e tolerância. Nas conferências, os praticantes fazem curtos relatos sobre os desafios que enfrentaram e as descobertas que fizeram no processo de autocultivo (a busca por melhorar a si mesmos) de acordo com os ensinamentos da prática.
Uma grande conferência como esta em Taiwan é tipicamente a peça central de um fim de semana animado, cheio de eventos, que podem incluir apresentações musicais, desfile, grandes demonstrações dos exercícios da prática, atividades de esclarecimento ao público sobre os fatos da perseguição do regime comunista chinês ao Falun Dafa na China, exibição de filmes, palestras, formação coletiva de imagens, etc.
Ordem e precisão
Os praticantes se reuniram no domingo num parque em frente à prefeitura do governo de Tainan para formar uma grande imagem (Tainan é uma cidade próxima a Kaohsiung, o local da conferência do Falun Dafa deste ano). Tal como acontece com as imagens formadas por bandas marciais, o que é mostrado pode ser visto totalmente apenas de cima.
A formação é uma obra de arte que depende de ordem e precisão para sua execução. Os indivíduos se alinham em posições muito precisas, usando roupas de cores diferentes, e em conjunto o corpo de praticantes forma uma imagem.
Li Wen-cheng, um conselheiro de Tainan, disse que estava muito emocionado com a apresentação solene dos praticantes do Falun Gong. De acordo com o designer de técnico da imagem, o Sr. Wu Ching-hsiang, o projeto foi concebido para transmitir a popularidade da prática.
A imagem mostrou uma flor de lótus, com quatro caracteres chineses em cima e uma figura meditando sobre os caracteres. A flor de lótus cresce na lama e se projeta para formar uma bela flor. No pensamento tradicional chinês, a flor de lótus é um símbolo do cultivo espiritual.
Os quatro caracteres significam o nome da prática, “Falun Dafa”, mas também querem dizer: “O Falun Dafa se difunde amplamente e a luz de Buda brilhará.” Tradicionalmente, ‘a luz de Buda’ é compreendida como a energia emitida por um ser iluminado, que teria qualidades benéficas e harmonizadoras. O Falun Dafa começou na China e hoje já se difundiu para 114 países e regiões no mundo todo.
Opondo-se à perseguição
“Uma fé verdadeira é benéfica e essencial para o bem-estar geral e é inconcebível que o Falun Dafa seja perseguido na China continental”, disse Li Wen-cheng.
“Cada taiwanês em cada canto de Taiwan deveria mostrar-se preocupado com o Falun Gong. O Partido Comunista Chinês [PCC] deve parar sua perseguição ao Falun Gong, caso contrário, ele será condenado por todo o mundo e pelo céu”, disse ele.
Em 1999, o então líder chinês Jiang Zemin lançou uma campanha para erradicar a prática do Falun Dafa, pois ele temia a grande popularidade da prática. Estimativas do governo chinês afirmam que pelo menos 70 milhões de pessoas praticavam o Falun Dafa, mas os praticantes dizem que seriam 100 milhões – mais do que todos os membros do PCC.
Jiang também temia a popularidade dos ensinamentos morais tradicionais do Falun Dafa. Ele pensou que, com a difusão do Falun Dafa na China, a ideologia do PCC perderia seu controle sobre as pessoas.
Falando no evento, a advogada taiwanesa de direitos humanos Sra. Theresa Chu disse que a formação da imagem transmitia uma mensagem poderosa de calma em meio ao caos atual e também lembrava as pessoas sobre a perseguição na China.
“Além disso, a escala da atividade pacífica da formação coletiva também mostra que as leis em Taiwan protegem os direitos dos praticantes do Falun Dafa, assim como a fé e o exercício da liberdade de expressão e reunião do público em geral”, disse Chu.
Chu acrescentou que muitas pessoas foram atraídas a começar a praticar o Falun Dafa após verem a bela e ordenada formação em eventos passados. “Eles ficaram tão impressionados que começaram a cultivar e isso mudou suas vidas”, disse ela. “Os praticantes reunidos em Taiwan também mostraram gratidão ao fundador do Falun Gong, o Sr. Li Hongzhi, por seus grandes esforços em difundir o Falun Dafa.”
O advogado canadense de direitos humanos David Matas, candidato ao Nobel da Paz em 2010, visitou Taiwan em 22 de novembro para palestrar sobre o crime da colheita forçada de órgãos promovida pelo regime chinês.
De acordo com investigações feitas por Matas e pelo ex-secretário de Estado canadense David Kilgour, desde que começou a perseguição, o PCC tem usado praticantes do Falun Dafa presos impunemente como um banco de órgãos. Milhares de praticantes são mortos todos os anos por seus órgãos, dizem eles.
O Dr. Hu Nai-wen, presidente da Associação Internacional de Cuidados e Transplante de Órgãos de Taiwan, disse que a conferência do fim de semana ajudaria a acabar com a perseguição ao Falun Dafa e com ela a atrocidade da colheita forçada de órgãos.
Nos dois dias de atividades, incluindo a congregação para formar a imagem, as pessoas veem que o Falun Gong está prosperando em todo o mundo, disse ele. Essas atividades desmascaram a propaganda do PCC que calunia o Falun Dafa, concluiu ele.
Vídeo produzido por Derrick Wu