Um grupo de chineses, fingindo ser oficiais militares de alta patente, estabeleceu um posto militar falso numa cidade no Leste da China e deu um golpe de 32 milhões de yuanes (US$ 5,2 milhões) em 18 empresas de construção durante três meses, segundo a mídia estatal.
Um escritório militar, intitulado “Fundação Oriental Chinesa do Quartel de Defesa Estratégica e Prontidão”, foi discretamente estabelecido na cidade de Penglai, província de Shandong, Leste da China, em fevereiro, segundo a mídia estatal Noticiário de Qilu.
O grupo com apenas algumas dezenas de funcionários gastou mais de 1 milhão de yuanes (US$ 163,273) para alugar um edifício de escritório e contratou seguranças para fazerem guarda no perímetro do estabelecimento, vestidos em uniformes camuflados como soldados.
O portão do estabelecimento alugado foi estampado com avisos falsos que diziam “Área Militar, Entrada Proibida”. Além disso, outro grande sinal de ordem que dizia “Siga as instruções do Partido Comunista Chinês; Defenda os mares territoriais” podia ser visto na parte superior do prédio de escritórios.
Vários líderes do grupo tinham títulos falsos mas sonoramente legítimos como tenente do Comitê Militar Central, coronel sênior, diretor da Escola Central do Partido Comunista Chinês, etc.
Aproveitando-se dos títulos militares falsos, o grupo procurou empresas empreiteiras para cooperar em projetos de construção de uma base de treinamento para as forças armadas, além da construção de um campo de tiro, hospitais, museus e outras edificações militares.
Para autorizar as construtoras a assumirem a contratação dos projetos, o grupo pediu que elas contribuíssem com um grande depósito de segurança. Em abril, o sr. Shi, encarregado de uma empresa de terraplanagem que assumiu um contrato com o grupo, contatou a polícia após ser orientado a pagar a 10 milhões de yuanes (US$ 1,6 milhão) em depósito de segurança.
A investigação policial constatou que a “Fundação Oriental Chinesa do Quartel de Defesa Estratégica e Prontidão” não existia e que o grupo era falso.
A polícia invadiu o ‘escritório militar’ em maio e prendeu os integrantes do grupo. O escritório não só parecia um quartel militar real na superfície mas também tinha identidades militares falsas, documentos falsos e fotos falsas dos membros do grupo em uniformes militares penduradas nas paredes.
Inclusive a forma como o escritório era administrado estritamente seguia procedimentos militares. O líder também comandava seus subordinados a serem organizados na classificação da documentação.
Alguns dos subordinados no escritório foram contratados sem estar cientes de que era uma organização falsa. Um suspeito preso acreditava profundamente que seu chefe do Comitê Militar Central o resgataria, disse a reportagem.
A polícia chinesa prendeu o último suspeito em agosto e três dos principais líderes do grupo deverão ir a julgamento.