A expressão chinesa 為 善 最 樂 (wéi shàn zuì lè) expressa a ideia de que fazer o bem é a maior fonte de felicidade.
A expressão surgiu durante a Dinastia Han Oriental, mais especificamente durante o período de seu segundo imperador, Han Mingdi (漢 明帝), também chamado de Imperador Ming, que governou de 57 a 75 d.C.
A história tem como figura central Liu Cang (劉 蒼), um dos filhos de Liu Xiu (劉秀), o fundador da Dinastia Han Oriental.
De acordo com os registros históricos, Liu Cang era um homem extremamente culto e talentoso. O Imperador Ming tinha grande apreço e consideração por ele. Por volta do ano 39 d.C., Liu Cang recebeu o título de duque de Dongping (東 平 公) e, pouco depois, tornou-se príncipe Xian de Dongping.
Sempre que o Imperador Ming fazia viagens de inspeção a diferentes regiões da China, ele nomeava Liu Cang para governar interinamente a capital.
Embora Liu Cang tivesse seu status social elevado ao longo do tempo, ele não tinha estilo de vida extravagante ou egoísta como muitos outros da classe aristocrática.
Em vez disso, Liu Cang colocava o bem-estar do povo em primeiro lugar e frequentemente exortava e auxiliava o Imperador Ming a zelar pela paz e prosperidade do país.
O prestígio de Liu Cang era enorme devido a seu elevado caráter moral e por seu modo reto de falar com os outros e tratar das questões. No entanto, algo o incomodava. Liu Cang fez reiterados pedidos ao imperador que o autorizasse a deixar seu cargo na capital do império para assim se dedicar melhor ao governo em Dongping.
O Imperador Ming sempre relutava em deixá-lo ir e adiou o máximo que pôde sua decisão de aceitar o pedido de exoneração de Liu Cang.
Mesmo depois de voltar a Dongping, Liu Cang continuou a prover o imperador com ideias e propostas que beneficiavam o país e o povo chinês.
Em retribuição, o Imperador Ming se importava profundamente com o bem-estar de Liu Cang. Em certa ocasião, ele perguntou a Liu Cang porque ele se sentia mais feliz em seu ducado.
Liu Cang respondeu com palavras simples: “Fazer o bem é a maior fonte de felicidade.” Mais tarde, isso se tornou uma expressão idiomática de profundo significado.
Ela expressa a crença de que fazer o bem e ajudar os outros, algo que vem de um coração altruísta e de pensamentos bondosos para com os outros, é o que traz maior felicidade e é a base para um futuro brilhante.
Um relatório publicado pela Fundação de Saúde Mental no Reino Unido em maio de 2012 e intitulado “Fazer o Bem?”, citou evidências claras de que ser gentil e ajudar os outros é benéfico para a saúde mental e o bem-estar das pessoas.
“A bondade é o maior de todos os benefícios”, disse o rabino Reuven Bulka, um conhecido escritor e líder comunitário canadense.
“Em primeiro lugar, porque é grátis. Em segundo, porque faz que as outras pessoas se sintam bem. E, em terceiro lugar, faz você se sentir bem”, disse o rabino.