Exposição de Arte Nórdica revela atrocidades praticadas pelo comunismo chinês

12/01/2015 15:48 Atualizado: 12/01/2015 15:48

A Exposição Internacional da Arte Zhen-Shan-Ren (Verdade-Compaixão-Tolerância) tomou destaque na maior feira de arte escandinava, a Arte Nórdica de 2014 em Copenhague, na Dinamarca.

Boi Wynsch passou um ano organizando a Arte Nórdica com a esposa dele, a pintora Laynet Lore Wynsch. Ele disse que assim que soube que os praticantes de Falun Gong precisavam de um espaço na feira, disse que tinha um dever, uma obrigação e uma responsabilidade que ele não poderia deixar ou passar para outra pessoa.

“Foi uma grande oportunidade”, disse ele à NTD Nórdica, uma empresa patrocinadora da Exposição de Arte Zhen-Shan-Ren nos três dias da feira. “Estamos felizes de ter essa possibilidade de desempenhar um papel nessa situação e desempenhar um papel realmente ativo.”

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“Quando vocês disseram que viriam e que iam exibir [como um contribuidor qualquer], era inaceitável para nós, porque poderia ser feito muito melhor e maior. Então, decidimos: ‘Não, vamos movimentar e abrir espaço para vocês – assim, 12 artistas dinamarqueses ou suecos ou escandinavos teriam que encontrar outro lugar no show ou até sair do show – porque essa oportunidade era muito importante e foi como uma mensagem de Deus, foi uma coisa que estamos felizes em cumprir.”

Ele disse que tinha ouvido falar do Falun Gong na década de 90 e sabia que a prática, também conhecida como Falun Dafa, estava sendo perseguida na China.

“Estávamos totalmente conscientes das circunstâncias e estávamos bem preparados para as consequências”, disse ele. “Sempre existem consequências, especialmente com os chineses: se você é amável, eles são simpáticos. [Você pode ter] tudo que você quiser, desde que você faça o que eles querem, desde que você diga o que eles querem ouvir, desde que você aja em conformidade.”

Sua opinião é baseada em 15 viagens que realizou para a China decorrentes da década de 70.

Uma consequência disso é que ele não pode mais voltar para a China. “Eu não sou aceitável, não sou mais convidado… É um preço que tem de ser pago, mas é um preço pequeno que estou pagando quando comparado ao preço alto que as pessoas pagam em exercer ou em tentar exercer o que, na constituição, realmente são seus direitos, mas que não são permitidos.”

“Eu me sinto muito mal pelas pessoas na China”, disse ele, “e por aqueles que têm sofrido através de tortura, de perseguição e da punição de não poderem voltar à China. Eles são chineses tanto quanto qualquer outra pessoa, mas eles não têm direitos.”

Por 14 anos, o Partido Comunista Chinês (PCCh) tem utilizado sua propaganda, seu policiamento e seu exército com uma tentativa de acabar com a prática do Falun Gong. O Falun Gong é uma prática de qigong que cresceu a partir de alguns praticantes em 1992, e chegou a ter mais de 70 milhões de adeptos em 1999.

O PCCh afastou os chineses para longe de suas crenças tradicionais, que se baseavam nas relações entre seres humanos e deuses, e fenômenos espirituais. Os praticantes não se importavam muito com a política, e  não seguiam o ateísmo do Partido. Isso era algo que o PCCh não conseguia aceitar. A exposição de Arte Zhen-Shan-Ren descreve as crenças universais de Falun Gong, a perseguição e as torturas em praticantes, e também as formas corajosas e dignas que os praticantes trabalham para acabar com a perseguição.

O coletivo dos artistas da Arte Zhen-Shan-Ren possui 17 artistas que pintam de acordo com a Arte Nórdica. Todos são descendentes de chinês, exceto um, e todos eles possuem experiências pessoais com a perseguição.

Haviam 38 obras de arte sendo exibidas em Oksnehallen, no centro de Copenhague, incluindo uma escultura de Buda feita por Kunlun Zhang, que ajudou a fundar o grupo em 2003. Duas das imagens foram concluídas recentemente e foram levadas em um avião, de Nova York até Copenhague, pela artista Ami Lee, um dia antes do show aberto.

A Sra Lee levou seis meses para concluir as composições em tinta e pigmentos coloridos na seda, preparada com uma antiga técnica que possui fortes laços com o passado chinês.

Uma das nove pinturas, “Céu pune o mal”, mostra as consequências da perseguição, onde os praticantes de Falun Gong tiveram seus órgãos retirados quando ainda vivos. Como eles são muito puros, um deus, neste caso, um deus ocidental, com uma lança, impede os seres de fazerem o mal – pegando os praticantes que sobem para os seus lugares predestinados nos Céus.

Para obter mais informações, acesse Arte Nórdica e A Arte Zhen-Shan-Ren.

Reportagem de Robin Damian, NTD Nordic, e Simon Gross