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Expondo significado na dança através dos olhos e do coração

04/09/2014

Há mais na dança clássica chinesa do que é mostrado na superfície. Essa é uma arte que certamente vem do coração do artista e isso se manifesta em seus movimentos e no que eles projetam para o público.

“É algo muito amplo e de significado profundo. Sem conhecimento da cultura chinesa, é muito difícil dançar a dança clássica chinesa”, disse Madeline Lobjois, uma bailarina clássica chinesa treinada na Academia de Artes Fei Tian.

A Sra. Lobjois tem atuado em alguns dos principais palcos do mundo. Ela também ganhou prêmios em competições de dança clássica chinesa – recebendo o Prêmio de Excelência na divisão júnior em 2008 da Competição Internacional de Dança Clássica Chinesa da NTDTV, e medalhas de prata nas competições de 2009 e 2010.

Mas ela é humilde sobre isso, observando que o treinamento foi fundamental. “Se você quer ser bom, você tem de trabalhar ou estudar até tarde e acordar cedo. Você deve usar seu tempo livre para praticar, suar muito e cansar-se, mas sem dúvida você verá um bom resultado”, disse Lobjois.

Ela retratou personagens diferentes nas duas últimas competições. Em 2009, ela interpretou uma donzela celestial e, em 2010, ela dançou a história da Dama Mu Guiying, uma general chinesa que conduziu suas tropas para a batalha após a morte do marido na Dinastia Song do Norte.

A Sra. Lobjois disse que esse papel exigiu que ela mudasse seu comportamento durante a dança. No início, ela tinha de mostrar luto, em seguida, “no final, eu me tornava mais forte e determinada”.

No entanto, refinar esses sentimentos exigia treinar em outros elementos da arte. “Penso que os olhos e o coração são o mais importante”, disse ela.

“O público pode ver seus olhos e você pode tocá-los profundamente”, disse ela. No entanto, ela acrescentou, “O povo chinês entende que há diferença entre alguém que dança com o coração e alguém que dança sem coração. Você pode perceber isso na respiração, nos movimentos, na suavidade, e que tudo mais é diferente. E isso toca o público”.

“O público pode dizer que essa é diferente de outras danças”, disse Lobjois. “Eles dizem que os dançarinos são tão puros e têm um sentimento mágico. Eles realmente não conseguem descrever este sentimento. Esta sensação é proveniente da cultura chinesa. É algo interior, que você não pode ver no exterior.”

Treinar isso, disse ela, leva tempo. “Não é algo que você possa simplesmente dizer que adquiriu e que pode fazer. Você pode obtê-lo, mas não ser capaz de interpretá-lo”, disse ela. E acrescentou, “Também tem algo a ver com a vida diária. Se você é puro na vida diária – compassivo e virtuoso – eles podem perceber a partir de seus movimentos”.

Isso está enraizado profundamente na arte – algo que a Sra. Lobjois está determinada a explorar e aperfeiçoar.

“Eu não sinto que haja um limite, um máximo, na dança clássica chinesa”, disse ela, assinalando que quanto mais fundo você vai, mais se desvenda. “Você descobre mais e mais e, quando você descobre algo novo, na verdade, é um ramo para outra área. Isso prossegue indefinidamente”.

Ela disse que na arte, “O que você acha ser fácil na verdade é o mais difícil. O que eu disse anteriormente sobre os olhos e o coração – esses detalhes são realmente muito importantes. Isso faz uma diferença significante das outras danças.”

Ela também disse que, da mesma forma, com algumas coisas que parecem difíceis, “às vezes, pode não ser tão difícil. Você só precisa praticar. E se você praticar bastante, você poderá fazer qualquer coisa”.

Para mais informações, visite: ShenYunPerformingArts.org