A Exibição Internacional de Arte Verdade, Benevolência e Tolerância, está exposta no Centro de Atividades Integradas de Santos – CAIS Milton Teixeira, e ficará até o dia 23 de maio, de segunda a sexta das 9h às 21h, e aos sábados das 9h às 18h. A Exposição que começou no dia 5 é gratuita e aberta ao público.
Carregadas de significados internos, as obras abordam questões cruciais e vigentes em nossa sociedade contemporânea como a liberdade de consciência, de expressão e de crença. Cada pintura busca transmitir valores como verdade, bondade e tolerância. O objetivo não é apenas entreter o público, mas também provocar reflexões sobre a condição humana no mundo atual e, ao mesmo tempo, mostrar o otimismo, a coragem e a retidão que emergem diante de adversidades.
As obras foram pintadas utilizando a técnica ocidental do realismo e hiper-realismo que enfatizam a perfeição da forma e a precisão do pincel, entretanto, também se emprega o conceito da arte oriental que abrange a transmissão de valores e conceitos, acima da beleza do objeto e da cena. Portanto, essa exibição é única porque une dois conceitos antagônicos em uma única mostra.
A exibição reúne quadros de mais de 18 artistas, sendo a maioria deles chineses exilados na América do Norte por serem praticantes da meditação Falun DaFa. As obras abordam a situação dos prisioneiros de consciência na China e sua resistência pacífica dentro e fora desse país.
“Nossa arte vem de um coração puro e nosso trabalho reflete a nossa experiência pessoal. A arte é capaz de influenciar significativamente a forma como as pessoas pensam e também se conecta diretamente com a moralidade humana. E como as duas interagem entre si”, disse o professor Kunlun Zhang, coordenador da Exibição.
O foco da exibição é expor a perseguição ao Falun DaFa na China, entretanto as obras também ajudam outros grupos a serem libertados de suas privações como os Budistas Tibetanos, Católicos Romanos, Protestantes, Uigures, Advogados e Ativistas de Direitos Humanos, grupos que atualmente são perseguidos pelo regime comunista chinês.
Em seu portifólio, a Exibição possui apresentações em mais de 40 países e 200 cidades, despertando grande interesse e aceitação do público nos cinco continentes.
Sobre a perseguição
A prática do Falun Dafa surgiu na China em 1992 e ensina a desenvolver fortes valores morais por meio da aplicação dos princípios da verdade, benevolência e tolerância.
Em 1999, o Partido Comunista Chinês ordenou a perseguição dos praticantes de Falun DaFa que na época chegavam a 100 milhões de chineses, enquanto o próprio regime tinha cerca de 65 milhões de afiliados.
Até o presente momento, foram confirmadas 3.750 mortes sob custódia policial, de acordo com o site Minghui.org. Segundo dados da ONG Missão Global para o Resgate dos Praticantes do Falun Gong Perseguidos, o número real de mortos pode ser superior a 20.000. Além de serem perseguidos e presos, os praticantes de Falun Gong são sentenciados a campos de trabalho forçado, seções de lavagem cerebral, hospitais psiquiátricos, torturas e muitos têm sido vítimas da extração ilegal de órgãos enquanto ainda vivos para a comercialização em transplantes, segundo relatórios apresentados à ONU e ao Parlamento Europeu.
O Partido Comunista Chinês prega o ateísmo e qualquer movimento que enfatize o cultivo espiritual e/ou a preservação das tradições morais e culturais não são bem vistos pelo regime. Tudo o que não se adequa a doutrina e ideologia do governo chinês é proibido. Portanto, os praticantes de Falun Dafa, Budistas Tibetanos, Católicos Romanos, Protestantes, Uigures, Advogados e Ativistas de Direitos Humanos são grupos que o governo não consegue controlar e por isso são perseguidos.
A liberdade de consciência é considerada um dos diretos universais mais básicos em nações livres, onde o governo é genuinamente eleito pelo povo. Na China, no entanto, tais direitos humanos fundamentais raramente são protegidos devido ao regime totalitário.
O que é o Falun Dafa
Falun Dafa, também conhecido como Falun Gong, é uma prática milenar de cultivo de natureza e vida, originária da China. A prática é composta por cinco exercícios que consistem em movimentos lentos e suaves e inclui a meditação, os quais reequilibram a energia e melhoram a saúde física e mental. No oriente são conhecidos como qigong. O aprendizado é sempre gratuito e seus membros são todos estudantes voluntários, que buscam cultivar o próprio coração para melhorar seu caráter moral e forja virtudes e sabedoria de acordo com os princípios universais de verdade, compaixão e tolerância (zhen – shan – ren).
Falun Gong é praticado por pessoas de todas as idades, culturas, religiões, ocupações e de diferentes esferas sociais em mais de 114 países ao redor do mundo.