Exibição apresenta em Ohio mistérios e destino da biodiversidade brasileira

09/03/2012 00:00 Atualizado: 09/03/2012 00:00

Ilustração da fruta de jatobá. (FAPESP)

Brasil, um país que abarca 20% da biodiversidade do mundo, deu início em 27 de fevereiro à exibição “Arte da Natureza Brasileira – Mistério e Destino”, com uma apresentação de desenhos sobre a riqueza biológica de suas regiões, na Universidade Estadual de Ohio, cidade de Columbus. A exibição estará aberta durante todo mês de março na Ohio Union Gallery.

A exibição originou-se de três projetos no Brasil: o programa Flora Brasiliensis Online, o projeto Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo e o programa BIOTA-FAPESP.

São apresentados 37 quadros originados destes três projetos. Um dos quadros corresponde a foto exposta acima, é a ilustração botânica de uma espécie brasileira chamada “jatobá”, cujo nome científico é Hymenaea courbaril L. var. stilbocarpa (Hayne) Y. T. Lee & Langenh, feita pelo cientista H. Sasaki.

Esta árvore produz madeira muito boa para construção e móveis. Assim, desde o século XVIII na Europa, há referência de sua resina, que pode ser utilizada em vernizes, diz o pesquisador da Embrapa, Ernani Paulo Carvalho, citado pela Revista da Madeira.

O Brasil planeja preservar do melhor modo possível a biodiversidade do país por meio do desenvolvimento científico envolvendo associações de diversos países.

Em quase 70 anos de investigações, o projeto Flora Brasiliensis originou grande parte da exibição proveniente dos três projetos. O projeto contou com a ajuda de 65 especialistas de diversos países e resultou em 10.207 páginas, com textos das descrições de quase 23 mil espécies e cerca de 4 mil ilustrações, informaram seus pesquisadores.

Em Ohio, a exibição é promovida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), e pelo Brazil Institute do Woodrow Wilson International Center for Scholars, de Washington DC.

Na universidade, em conjunto com a exibição de arte, será apresentado um simpósio científico.

No evento, serão discutidas pesquisas de interesse mútuo entre o Brasil e os Estados Unidos, envolvendo os tópicos de biomedicina, biodiversidade, bioenergia e associações educacionais, segundo o comunicado da universidade.