A China realizou seu maior exercício naval da história em 17 de outubro, em meio a disputas territoriais no Mar do Sul e do Leste da China. Mais de 100 navios e submarinos de suas frotas do Mar do Norte e do Leste da China, 30 aviões, tropas terrestres e outros sistemas participaram no exercício com artilharia real.
Eles também dispararam mais mísseis durante o treinamento do que em qualquer exercício anterior e lançaram “novos mísseis ar-ar, mísseis antinavio e superfície-ar”, segundo a mídia ‘IHS Jane’s Defence Weekly’. Parte das frotas se separou posteriormente para ingressar em outro exercício naval, o “Jidong 5”, com sua frota do Mar do Sul.
O exercício é um dos dois maiores deste ano para os militares chineses. Em julho, foram feitos exercícios navais conjuntos com a Rússia, o maior já ocorrido com um parceiro estrangeiro.
Os exercícios de julho foram realizados no Mar do Japão. Após afirmar que os exercícios “não visam a atingir terceiros”, o general Fang Fenghui, chefe do Estado-Maior do Exército da Liberação Popular (ELP), disse que eram para “garantir a segurança e estabilidade regional”.
De acordo com o Navy Times, “a China tem sido um cliente-chave dos equipamentos militares russos, mas, somente na última década, suas forças armadas começaram a fazer exercícios conjuntos”.
Recentemente, os militares chineses realizaram vários treinamentos e operações em intervalos curtos e tensões crescentes nas águas disputadas permeiam a atmosfera.
No dia 11 de outubro, os militares chineses realizaram uma campanha móvel de codinome “Missão Ação 2013B”. Isto se seguiu a “Missão Ação 2013A”, conduzida pelo Comando da Zona Militar de Nanjing do ELP, e a “Missão Ação 2013C”, conduzida pela Força Aérea do ELP.
O treinamento da Missão Ação 2013A incluiu mais de 20 mil tropas, sua Frota do Mar do Leste da China e a Frota do Mar do Sul da China do ELP, parte da força aérea, tropas aerotransportadas e outras forças.
Analistas de defesa disseram que a natureza dos exercícios parecia ser para combate de ilha. O blogue ‘China Defense’ observou: “A julgar pelas fotos publicadas, é um serviço de operações de ataque conjunto contra uma ilha a leste da China continental.”
De acordo com a mídia estatal ‘China Military Online’, o exercício incluiu “ataques e contra-ataques aéreos, reconhecimento e contrarreconhecimento e assédio e antiassédio na forma de confronto eletrônico e de rede e de confronto real com tropas”.
O exercício também ocorreu logo depois que dois navios de guerra da marinha chinesa atravessaram o Estreito de Magalhães pela primeira vez, no que seria a primeira visita da marinha chinesa à Argentina.