Politburo também aceita uma lista de acusações contra o ex-ministro do comércio Bo Xilai
O líder chinês Hu Jintao se comprometeu a investigar o chefe da segurança pública Zhou Yongkang, soube o Epoch Times através de fontes bem colocadas em Pequim.
Zhou liderou o maciço aparato da segurança pública do regime chinês e controlou os tribunais, a polícia e a vigilância doméstica, mas foi recentemente destituído de sua autoridade. Ele também é amplamente implicado em graves violações dos direitos humanos e é considerado o membro mais alto atualmente da facção do Partido Comunista conhecida como a “gangue da dívida de sangue”, que chegou ao poder sob o ex-líder Jiang Zemin por zelosamente reprimir a prática de meditação do Falun Gong.
A decisão de investigar Zhou foi tomada numa reunião recente do Partido Comunista Chinês (PCC), que incluiu o Comitê Permanente do Politburo, membros do Politburo, altos oficiais locais, os principais líderes militares e altos oficiais aposentados do PCC, como Zeng Qinghong, disseram as fontes de Pequim.
Na reunião, membros do alto escalão também afirmaram provas contundentes contra Bo Xilai, o ex-secretário do Partido de Chongqing.
Segundo as fontes, nenhum na recente reunião desafiou a lista de acusações levantadas contra Bo, com evidências apresentadas por Ling Jihua, diretor do escritório geral do Comitê Central do PCC e secretário do Departamento Central das Secretarias.
Ling Jihua apresentou provas na investigação de Bo que incluem “corrupção surpreendente”, “suspeita de envolvimento em assassinato” e “ambição política e planejamento de um golpe”.
Bo, uma vez ministro do comércio da China e o rosto dos negócios para oficiais visitantes e líderes empresariais, foi rebaixado para secretário do Partido de Chongqing em 2007, após o primeiro-ministro Wen Jiabao argumentar que Bo era impróprio para uma promoção devido a processos movidos contra ele em todo o mundo decorrente da perseguição aos adeptos do Falun Gong.
Após a apresentação de Ling, o primeiro-ministro Wen Jiabao desafiou Zhou em duas frentes. Primeiro, Wen censurou Zhou por continuar a apoiar Bo e divulgar informações a Bo sobre a atitude do Comitê Central na sequência do incidente de Wang Lijun. Wang, ex-chefe de polícia em Chongqing e ex-braço direito de Bo, tentou desertar para o consulado dos EUA em Chengdu. Wen questionou o propósito de Zhou ao apoiar Bo na época.
Em segundo lugar, Wen trouxe à tona o plano de Bo e Zhou para forçar Xi Jinping, que é esperado assumir o controle do regime chinês após o 18º Congresso Nacional ainda este ano, a deixar o cargo após pouco tempo como líder, e para Bo assumir o poder. Wen disse que o plano estabeleceria um precedente abominável para o Partido. Com base nesses dois pontos, Wen pediu uma investigação sobre Zhou.
O líder chinês Hu Jintao apoiou o pedido de Wen para que He Guoqiang, o chefe da poderosa Comissão Central de Inspeção Disciplinar (CCID), investigue Zhou.
Zhou tentou atacar Wen exigindo uma investigação sobre a esposa de Wen, embora esta tática pareça ter tido pouco impacto.