Recentemente, imóveis de segunda mão têm inundado o mercado em Pequim e outras grandes cidades, segundo especialistas imobiliários na China. A atividade parece ser resultado da especulação sobre as consequências das cinco medidas que estão sendo implantadas pelo Conselho de Estado, destinadas a impedir que o mercado imobiliário saia do controle.
Uma das medidas foi a de aumentar os impostos sobre as transações de segundos imóveis para desencorajar especuladores imobiliários. Esta política foi temporariamente bem sucedida em Shanghai, Shenzhen e Guangzhou, enquanto especuladores nestas cidades recuaram, ao menos por enquanto.
Mas quando se torna cada vez mais difícil para eles sobreviverem, pois muitos têm empréstimos a juros elevados, eles começam a despejar seus imóveis, o que torna difícil para todos lucrar, diz Niu Dao, um comentarista conhecido sobre o mercado imobiliário chinês.
Tem havido mais de dez mil casas de segunda mão a venda por duas semanas consecutivas em Pequim, segundo Niu. O número de casas de segunda mão no mercado nas últimas duas semanas quase superou o volume total de vendas de abril.
Com o aumento nas transações de imóveis usados, novos desenvolvimentos abrandaram consideravelmente. No início desta semana, o mergulho nas transações havia ultrapassado 30%, escreveu Niu Dao em sua página no Sina. “O colapso dos preços dos imóveis na China certamente começará em Pequim – quanto maior a bolha imobiliária mais dura é a queda”, disse ele.
Os analistas estão fazendo comparações entre a possível trajetória do mercado imobiliário chinês atual com o que o Japão passou nos anos 1990. Em 1992, o Japão viu a evaporação de 80% da riqueza em seu mercado imobiliário e no ano seguinte 21 bancos declararam 110 bilhões de dólares em dívidas incobráveis, um terço relacionado à propriedade. Os preços dos imóveis foram cortados pela metade. Hong Kong testemunhou uma queda semelhante. Ambos foram devido a desenvolvedores inundando o mercado na tentativa de descarregar seu estoque de imóveis.
A queda no setor imobiliário teria efeitos adversos sobre o resto da economia, dizem analistas. Empresas em diversos setores na China têm investido em imóveis. O analista imobiliário Xie Yifeng disse à imprensa chinesa: “A verdadeira razão pela qual os governos locais continuam vendendo propriedades é porque há muita dívida. Suas finanças estão desequilibradas.”
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