Bebedores compulsivos de álcool têm que trabalhar mais para realizar tarefas aleatórias, afirma um novo estudo.
Pesquisadores da Universidade de Santiago de Compostela, na Espanha, compararam 26 alunos que bebem álcool excessivamente, com outros 31 que não bebem muito, e descobriram que os bebedores compulsivos têm que usar mais o poder do cérebro para completar tarefas visuais aleatórias.
Os grupos foram pedidos para reagir, quando sóbrios, a diferentes símbolos que apareciam de forma intermitente. Embora não houvesse qualquer diferença mensurável em relação à velocidade ou à precisão de resposta entre os dois grupos, o pico de atividade cerebral do grupo de bebedores começou em 20 micro volts no primeiro ano do estudo, e foi até 22 micro volts no terceiro ano do estudo, de acordo com o Daily Mail. O pico de atividade cerebral dos outros alunos permaneceu em torno de 18 micro volts durante todo o percorrer do estudo.
A pesquisa foi publicada na revista Alcohol and Alcoholism (Álcool e Alcoolismo), e intitulada “Effects of a Persistent Binge Drinking Pattern of Alcohol Consumption in Young People: A Follow-Up Study Using Event-Related Potentials” (Efeitos de uma persistente bebedeira padrão do consumo de álcool em jovens: Um estudo de acompanhamento usando potenciais relacionados a eventos).
“Estes resultados sugerem que o jovem [bebedor compulsivo de álcool] apresenta anomalias na atividade neural envolvida no processo de memória de atenção/trabalho, que aumentam após 2 anos de manutenção [da bebedeira]”, escreveram os pesquisadores no resumo do estudo. “Esta atividade neural anormal pode refletir em disfunções subjacentes de mecanismos neuro fisiológicos, assim como no recrutamento de recursos adicionais de memória de atenção/trabalho, para que os bebedores compulsivos possam realizar tarefas de forma adequada”.
O consumo compulsivo de álcool foi classificado como beber um mínimo de seis unidades de álcool, ou em torno de 1.5 litro, em uma sessão, pelo menos uma vez por semana.
Isso mostra por que é preciso mudar a cultura em que a norma é beber excessivamente na universidade”, Emily Robinson, diretor do grupo da campanha Alcohol Concern (Preocupação com o Álcool), disse ao Daily Mail. “Beber excessivamente carrega muitos riscos em termos de segurança imediata dos alunos, e também em termos da sua saúde futura, e a probabilidade de desenvolver um problema em detrimento ao álcool na vida adulta”.
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