De acordo com um ex-professor da Universidade de Pequim, acadêmicos e administradores da escola regularmente se envolvem com garçonetes locais trocando favores sexuais por posições na instituição.
Zou Hengfu, que era professor de economia na instituição até ser demitido há alguns anos, fez as alegações em sua conta no Sina Weibo, uma popular mídia social chinesa semelhante ao Twitter.
Um hotel de cinco estrelas chamado Meng Taoyuan é o local de prostituição, afirmou Zou Hengfu em sua série de postagens que começaram em 21 de agosto.
“Os decanos, patronos e professores jantam no Dashanfang, que pertence ao Meng Taoyuan, para fazerem sexo com belas garçonetes”, escreveu Zou Hengfu. “Muitos decanos e professores da universidade contratam prostitutas quando visitam boates e saunas. É muito comum em universidades chinesas.”
Ele disse que os negócios do Meng Taoyuan “floresceu” por causa do negócio ilícito.
Internautas ficaram altamente interessados na postagem. Dentro de algumas horas ela foi reencaminhada mais de 60 mil vezes e atraiu mais de 14 mil comentários.
Zou Hengfu também disse que algumas garçonetes que trabalham em hotéis na universidade usam o sexo para entrar em programas de graduação lá; ele descartou os que chamavam isso de “romance” e caracterizou o ato como “estupro”.
O porta-voz da Universidade de Pequim, Jiang Langlang disse que “nunca tal coisa” aconteceu, afirmando que a universidade se reserva o direito de tomar medidas legais contra Zou Hengfu por “calúnia e difamação”, segundo o Diário da Manhã de Pequim em 22 de agosto de 2012.
“Pode ser porque Zou Hengfu foi demitido da Universidade de Pequim há vários anos”, disse Jiang Langlang, implicando que Zou Hengfu queria vingança, segundo o portal Sina.
Zou Hengfu tem um histórico de entrar em disputas públicas com autoridades universitárias. O Diário da Manhã de Pequim informou que em 2007 ele foi demitido pela Escola Guanghua de Administração da Universidade de Pequim, aclamada como uma das melhores escolas de administração na China, devido à “ausência frequente na escola”.
Naquela época, Zou Hengfu escreveu em seu blogue que ele havia sido demitido pelo reitor Zhang Weiying depois que enviou uma carta aberta ao ministro da Educação da China queixando-se de negligência acadêmica na pós-graduação.
Em junho deste ano, Zou Hengfu acusou economistas na China de terem padrões acadêmicos de má qualidade, fazerem improvisações, comentários casuais e “não cumprirem seus deveres”.