Ex-diretor diz que mais de 32 políticos estão envolvidos no escândalo da Petrobras

10/09/2014 11:27 Atualizado: 10/09/2014 11:27

O coordenador jurídico da campanha presidencial do PSDB, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), defendeu nesta terça-feira (9), a divulgação pela Justiça Federal dos nomes dos parlamentares citados em delação feita pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. “O eleitor precisa saber quem são os parlamentares transvertidos de marginais que estão envolvidos. A coisa é séria. Vamos mostrar para o Brasil quem são os envolvidos”, disse o tucano.

Na quarta-feira (10), o presidente da CPMI da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), deve se reunir com líderes partidários para discutirem o andamento das atividades na comissão. “Vou propor irmos até o Paraná para pedir ao juiz o acesso a esses documentos”, ressaltou Carlos Sampaio.

Outro membro da CPMI que integra a oposição, o deputado Izalci Lucas (PSDB-DF), também adotou a mesma linha do colega de partido. “A população tem que tomar conhecimento antes das eleições de quem está envolvido. Esse esquema é o mesmo que o mensalão; o que mudou é o foco: ao invés de o alvo ser empresa de publicidade, passou a ser a Petrobras”, disse.

As declarações dos tucanos ocorrem após virem a público alguns nomes de parlamentares citados pelo delator Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras em depoimento prestado junto a Justiça Federal, no Paraná. Costa teria informado a participação num suposto esquema de pagamento de propina de ao menos 32 deputados e senadores, um governador e um ministro.

Pelas informações preliminares, os políticos são de cinco partidos, incluindo do PT e do PMDB, os dois maiores do Congresso, como supostos beneficiários de um esquema de propinas na estatal.

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