Apenas um dos depoentes de hoje disse que iria colaborar com a CPMI.
O ex-diretor da empresa Delta, Cláudio Abreu, permaneceu calado em seu depoimento hoje na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga as relações de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados. Abreu, preso pela Polícia Federal em abril na Operação Saint-Michel, é investigado como principal operador de Cachoeira, segundo Agência Câmara de Notícias.
Outro depoente também se negou a falar, o acusado de envolvimento com o contraventor, José Olímpio de Queiroga Neto. Ele apresentou habeas corpus à Comissão.
Dois depoentes justificaram o não comparecimento. Rodrigo Moral Dall Agnol, convocado pela CPMI como testemunha, obteve um habeas corpus para não comparecer à Comissão, pois não havia clareza se ele compareceria como testemunha ou como investigado.
Jayme Eduardo Rincón, convocado como testemunha, não compareceu devido a um aneurisma cerebral. O atestado médico foi apresentado à CMPI, requerindo o adiamento de seu depoimento.
Lenine Araújo de Souza, também depoente na CPMI hoje, disse que vai colaborar com a CPMI. O acusado de envolvimento com Cachoeira disse que quer aguardar os depoimentos de acusação que serão colhidos amanhã em Goiânia (GO).
Souza será ouvido na sexta-feira pelos juízes responsáveis, mas já negou ser braço direito do contraventor e negou ser sócio de qualquer empresa envolvida nas denúncias. A CPMI decidiu ouvi-lo na semana que vem, informou a Agência.
A CPMI ainda está em reunião na Sala 2, da Ala Senador Nilo Coelho, no Senado Federal.