A tradicional queima de fogos de Réveillon, que para os humanos é um momento de felicidade e descontração, pode trazer riscos aos animais domésticos. Por isso, é preciso que as famílias estejam atentas à sua sensibilidade em relação aos estouros provocados pelos fogos de artifício.
Por terem uma audição extremamente aguçada, é comum apresentarem um comportamento agitado e sinais de pânico. Existe a possibilidade de fugirem, se perderem e/ou serem atropelados. Há, ainda, riscos como de enforcamento com a própria coleira, acidentes em janelas e portas, quedas de locais altos, como varandas de apartamentos, sem contar o perigo de queimaduras. Alguns animais apresentam até convulsões, sendo os cães os mais sensíveis da lista. Todos esses fatores podem levar o animal a óbito – por isso a atenção nesse período deve ser redobrada.
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“Quem cuida de animais, principalmente os que vivem em locais urbanos, deve prestar muita atenção. Quando em pânico, o animal se sente desorientado e tende a correr sem destino. Em datas comemorativas, é difícil encontrar atendimento emergencial disponível caso haja acidentes”, aponta o ativista em proteção animal, Feliciano Filho. “Por isso, cuidados extras são indispensáveis nesses dias. Uma providência importante é colocar dados de contato na coleira do animal, para que possa ser encaminhado à sua família, caso fuja. Se possível, colocar mais de um número de telefone, para agilizar a localização do responsável.”
Para evitar o sofrimento dos animais, Feliciano aponta alguns cuidados que irão garantir sua segurança e bem-estar:
• Acomodar os animais em ambientes em que já estejam acostumados, para que se sintam em segurança
• Fechar portas e janelas
• Verificar se os abrigos dos animais estão bem fechados
• Evitar muitos animais em um mesmo abrigo, especialmente cães, para que não haja brigas
• Uma boa dica é acostumar aos poucos os animais ao barulho, levando-os para perto da TV ou do rádio e ir aumentando o som devagar. Assim, ele não será surpreendido de forma inesperada com o barulho dos fogos
• Evitar deixá-los amarrados para não provocar enforcamento
• Em casos extremos, alguns veterinários indicam o uso de tampões de algodão nos ouvidos. Nesse caso, é preciso atenção ao tamanho desses tampões, para que não entrem no duto auditivo do animal
• E, o mais importante: nunca medicar o animal sem orientação do veterinário