O regime chinês adiou uma recepção que marca o 40º aniversário da normalização das relações China-Japão enquanto as duas nações disputam o controle de um arquipélago rochoso conhecido como Senkaku.
A Associação de Amizade China-Japão e organizações afiliadas disseram que adiariam a recepção que seria realizada na quinta-feira em Pequim.
A mídia estatal Xinhua, porta-voz do regime comunista chinês, disse no domingo que “a recepção seria realizada em momento oportuno”, citando oficiais não identificados e criticou o Japão e sua recente decisão “ilegal” de comprar as restantes ilhas Senkaku de um empresário japonês.
As pequenas ilhas, rochosas e desabitadas, localizadas no Mar da China Oriental, teriam reservas próximas de petróleo e gás natural e, possivelmente, outros recursos naturais. Depois que os Estados Unidos transferiram a propriedade das ilhas ao Japão em 1971, Tóquio tem supervisionado as Senkaku, conhecidas como Diaoyu em chinês.
Milhares de chineses se manifestaram em várias cidades nas últimas semanas e algumas empresas e companhias japonesas foram vandalizadas. O carro do embaixador dos EUA para a China, Gary Locke, também não escapou da raiva dos manifestantes nacionalistas, sendo ligeiramente danificado na semana passada em Pequim.
As relações entre os países inflamou depois que ativistas de Hong Kong desembarcaram numa das ilhas Senkaku em agosto, antes de serem detidos pela guarda costeira japonesa e enviados de volta para casa.
No entanto, os protestos nacionalistas em toda a China podem ter sido orquestrados pela linha-dura do regime comunista, numa tentativa de pressionar os líderes chineses Hu Jintao e Wen Jiabao, disse uma fonte ao Epoch Times duas semanas atrás.
Nos últimos dias, delegados japoneses disseram a agência de notícias Kyodo que Pequim disse que a recepção ocorreria como planejado, mas foram informados no domingo da súbita mudança de planos.
A China também tem atrasado o fornecimento de vistos de trabalho de empregados de empresas japonesas devido à disputa pelas ilhas, disse uma fonte empresarial, que não foi identificada, à agência de notícias.
Os atrasos estão deixando as empresas japonesas que operam na China preocupadas, temendo que não terão trabalhadores suficientes para suas instalações, disseram as fontes, acrescentando que, geralmente, leva apenas quatro ou cinco dias para que a agência de imigração chinesa processe os vistos para empresas japonesas. No entanto, várias empresas ainda estão à espera depois de oito dias úteis.
“Fomos informados que eles não emitirão vistos no momento”, disse uma fonte à agência Kyodo.
Desde sábado, a guarda costeira japonesa confirmou que 13 navios chineses de vigilância e monitoramento da pesca estão localizados em águas ao largo das Senkaku, informou o Asahi Shimbun.
A Kyodo informou que em Tóquio, centenas de japoneses se manifestaram contra as alegações da China sobre as ilhas, agitando bandeiras japonesas e denunciando Pequim como “fascista” e um “Estado brutal”.
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