A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) anunciou a morte de um médico, destacado na Serra Leoa, que tratava os doentes infectados com ebola. A notícia só foi revelada ontem (30), mas a morte de Sheik Humarr Khan aconteceu na terça-feira (29) devido a “complicações da doença”. De acordo com as autoridades de saúde, o médico sentiu-se mal durante a semana passada enquanto tratava de doentes com ebola num hospital público na localidade de Kenema, situado a 297 quilômetros a leste da capital Freetown.
O porta-voz da MSF, Tim Shenk, afirmou às agências internacionais que o Sheik Humarr Khan foi tratado por um grupo de médicos franceses em Kailahun, na Serra Leoa. A morte de Humarr Khan foi um choque para a população local que o considerava um herói. Numa declaração emitida após a morte do médico, a organização disse que “o Dr.Khan era muito determinado na sua profissão e tinha um carinho especial pelos seus doentes”.
Um hospital situado em Hamburgo aceitou receber e tratar os pacientes que estejam infectados com o ebola. Esta decisão surge na sequência de um pedido realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e visa evitar a propagação da doença no continente europeu. Os médicos do hospital alemão asseguram que vão ser tomadas todas as precauções para garantirem que a doença não se transmita durante o tratamento dos pacientes.
As autoridades de saúde alemãs contavam com a ajuda de Humarr Khan, mas o seu falecimento torna a troca de conhecimentos impossível. O responsável pela unidade de doenças infecciosas do hospital de Hamburgo, Jonas Schmidt-Chanasit, afirmou aos meios de comunicação alemães que “esperamos receber pacientes durante o fim de semana”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Phillip Hammond, considerou ontem que a “doença é uma ameaça para a saúde da população britânica”. O governante confirmou que, até ao momento, não houve casos, mas que o risco de propagação é sério. Em declarações à BBC, Phillip Hammond, garante que estão sendo tomadas todas as medidas para que o Reino Unido ajude a controlar a transmissão da doença, bem como para o caso de algum cidadão britânico, que esteja nos países da África Ocidental, vier a ficar infectado com o ebola. Em Hong Kong houve um caso suspeito.