A Casa Branca acusou o Senado americano pela falha “irresponsável” ao não evitar uma interrupção das operações de vigilância contra o terrorismo e afirmou esperar que o problema seja rapidamente corrigido. As declarações foram feitas ontem (31).
“Apelamos ao Senado para que garanta que este lapso [temporal] irresponsável seja tão curto quanto possível”, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, em comunicado.
A Câmara Alta do Congresso dos Estados Unidos aprovou na noite de domingo um projeto de lei que acaba com o programa de recolhimento de dados dos cidadãos. Os congressistas mantiveram, no entanto, as disposições da Lei Patriota, cuja vigência acabou nesta segunda-feira (1º) uma vez que não foi votada a sua continuidade.
Conhecida como a Lei da Liberdade dos Estados Unidos, o texto reuniu os 60 votos necessários para continuar com o processo, cuja última votação deveria acontecer até ao final desse domingo para que os instrumentos de vigilância antiterrorista em vigor não fossem suspensos com a expiração dos dispositivos legais.
Porém, o Senado fracassou em terminar o processo a tempo o que levou a Casa Branca a apelar aos parlamentares para que assegurem que a ausência de autorização para o recolhimento de dados de conversas telefônicas dure o “menos tempo possível”.
“Numa matéria tão crucial como a nossa segurança nacional, os senadores devem colocar de lado as suas motivações partidárias e agir rapidamente”, acrescenta a nota da Casa Branca.
A Casa Branca tinha advertido que todos os servidores da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA em inglês) que recolhem dados das conversas telefônicas americanas – hora, duração, número marcado – deixariam de trabalhar às 00h01 (horário local) de 01 de junho de 2015, caso o Senado não prolongasse a autorização legal do programa.