A FAA, órgão responsável pela aviação nos Estados Unidos, proibiu as companhias aéreas americanas de sobrevoarem o espaço aéreo do Iraque. A determinação foi dada devido à “situação de risco potencial criada pelo confronto entre jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) e as forças de segurança do Iraque e seus aliados”. A proibição aplica-se a todas as aeronaves registradas nos Estados Unidos exceto as operadas por companhias estrangeiras. Há exceções para voos operados com a permissão do governo americano e para situações de emergência.
No dia 1º de agosto, a FAA havia limitado os sobrevoos sobre o Iraque apenas para altitudes abaixo de 30 mil pés (9.100 metros). A British Airways informou ter suspendido temporariamente os voos sobre o Iraque e disse que vai monitorar a situação no país.
Depois que um avião da Malaysia Airlines foi abatido por um míssil russo ao sobrevoar o leste da Ucrânia, várias companhias aéreas também riscaram a região de suas rotas. No Iraque, os Estados Unidos iniciaram na sexta-feira (8) ataques aéreos contra o EIIL para evitar um “genocídio”, como destacou o presidente Barack Obama ao autorizar a ação.
Os ataques foram conduzidos contra posições de artilharia controladas pelo grupo jihadista e usadas contra as forças curdas que defendem a cidade de Erbil, capital da região do Curdistão e um polo para companhias de petróleo americanas. A Turkish Airlines, uma das principais empresas estrangeiras com voos para o Iraque, cancelou voos a Erbil por tempo indeterminado, por razões de segurança.
Estes são os primeiros ataques aéreos dos Estados Unidos no Iraque desde a retirada das tropas americanas do território, em 2011, na tentativa de colocar um ponto final em uma longa guerra iniciada em 2003.