EUA preparam sanções após falta de consenso com russos sobre a Ucrânia

16/04/2014 14:07 Atualizado: 16/04/2014 14:12

O primeiro-ministro russo, Dimitri Medvedev, disse na última terça (15) que “a Ucrânia está à beira da guerra civil” e, reiterou que o Kremlin não reconhece a legitimidade do governo provisório de Kiev. De acordo com Medvedv, o presidente russo, Vladimir Putin, espera que as autoridades ucranianas “tenham a inteligência para evitar conduzir o país ao desastre”.

Em resposta as ações russas na fronteira da Ucrânia e após a aquisição da Crimeia, a administração de Barack Obama está preparando uma série de sanções econômicas e um possível envio de tropas militares ao leste europeu para tranquilizar os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), segundo membros da Casa Branca.

O senador norte-americano, John McCain, está nos países bálticos para “estudar com os aliados como responder conjuntamente a anexação ilegal da Crimeia pela Rússia”, ele afirma.

O governante russo também cutucou o ocidente, acusando-os de fazerem “promessas intermináveis” mas não enviaram sequer “um euro” à Ucrânia.

Durante encontro dos ministros da Defesa da União Europeia em Luxemburgo, Anders Fogh Rasmussen, o secretário-geral da OTAN voltou a dizer à “Rússia para reduzir a tensão na região, para retirar as suas tropas da fronteira ucraniana, para parar de desestabilizar a situação e para afirmar claramente que não apoia as ações violentas dos separatistas pro-russos”.

Na última segunda-feira (14), os presidentes Barack Obama e Vladimir Putin tiveram um nova conversa infrutífera por telefone. Na terça-feira, o presidente russo se direcionou a ONU e pediu “uma firme condenação” à operação anti-separatistas lançada por Kiev. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirma estar “extremamente preocupado com a situação muito volátil” que se vive na região do leste europeu.

Membros do governo e do exército norte-americano disseram que se os russos movimentarem suas tropas, isso daria um sinal verde para um intervenção mais robusta dos EUA, com uma posição mais “agressiva” comparada a do período de cerco à Crimeia.