WASHINGTON – Num discurso abrangente em que a China parecia ser uma constante embora nem sempre mencionada, o general Keith B. Alexander, o comandante do cibercomando dos EUA, observou que os Estados Unidos precisam de uma defesa confiável contra a ameaça representada pela China no ciberespaço. Ele disse que não poderia dizer muito mais do que isso num ambiente não reservado.
O general Alexander dirigiu-se a uma plateia lotada no ‘American Enterprise Institute’, um núcleo de pesquisa conservador, em 9 de julho, discutindo as enormes vulnerabilidades de redes de computadores críticas nos Estados Unidos.
Em seu discurso, ele apenas mencionou explicitamente a China algumas vezes. Mas grande parte do ímpeto para as iniciativas que ele discutia, como formas de os Estados Unidos poderem se defender de ataques cibernéticos, parecia estar se referindo implicitamente à ameaça representada pelo regime chinês.
“Acredito que o roubo de propriedade intelectual é surpreendente”, disse ele, referindo-se ao hackeamento de empresas norte-americanas originados da China, particularmente os na indústria de alta tecnologia. Ele havia chamado esse fenômeno anteriormente de “a maior transferência de riqueza na história”.
“Temos de descobrir como impedir isso. Parte disso é ter uma defesa viável. Uma defesa é algo que podemos estabelecer juntos e é aí que entra uma legislação cibernética”, disse ele, referindo-se as muito faladas leis que governariam como os Estados Unidos poderiam responder e lidar com os ciberataques.
Ele acrescentou, “Eu não posso entrar em detalhes sobre a ameaça [representada pela China] num ambiente não reservado.”