Fundamentando palavras com ações, o secretário de Defesa americano Chuck Hagel reafirmou o compromisso dos EUA para defender o Japão quando anunciou que dois navios extras de defesa de mísseis serão enviados para a área até 2017.
Hagel fez o anúncio em 6 de abril no Japão. Ele disse que a entrega é em resposta ao “padrão de ações provocativas e desestabilizadoras [da Coreia do Norte], incluindo os recentes lançamentos de mísseis em violação às resoluções do Conselho de Segurança da ONU”, informou a American Forces Press Service (AFPS) do Pentágono.
Os novos navios de defesa de mísseis balísticos elevará o número desses navios no Japão para sete. Hagel disse que segue um anúncio de outubro de construir um segundo local de radar de defesa de mísseis em Kyoto, e mais interceptores baseados em terra no Alasca. Hagel está atualmente no Japão, em sua quarta visita à região da Ásia-Pacífico desde que se tornou secretário da Defesa em 27 de fevereiro de 2013.
A China será sua próxima parada. Ele foi convidado pelo ministro da Defesa chinês e chegará em 7 de abril. Hagel disse que quando se encontrar com as autoridades chinesas, ele planeja abordar o aumento da agressividade da China nos Mares do Sul e do Leste da China, bem como a falta de transparência dos militares chineses.
Numa coletiva de imprensa em 5 de abril, muitas das perguntas giraram em torno da resposta suave dos Estados Unidos quando a Rússia tomou a Crimeia da Ucrânia e se os EUA defenderiam o Japão ou outros aliados de reivindicações territoriais da China.
Hagel disse, segundo uma transcrição, “não há indicação ou fraqueza por parte dos Estados Unidos quanto a nosso compromisso total e absoluto à segurança do Japão”. Ele disse que o presidente Barack Obama pretende reafirmar este compromisso no final deste mês, quando visitar o Japão, Coreia do Sul, Malásia e Filipinas, e acrescentou que os EUA estão comprometidos a defender o Japão num conflito militar nos termos do artigo 5º do Tratado de Segurança Mútua, esclarecendo que o tratado se aplica a reivindicações do Japão sobre as ilhas em disputa.
Ele relacionou as reivindicações territoriais da China ao fato da Rússia tomar a Crimeia da Ucrânia. “Você não pode ir ao redor do mundo e redefinir fronteiras e violar a integridade territorial e a soberania das nações pela força, coerção e intimidação, seja em pequenas ilhas do Pacífico ou grandes nações da Europa”, disse Hagel, segundo a AFPS. “As nações devem estar claras sobre isso e falar abertamente. Isso exige coragem dos líderes.”
Ele também disse que quer discutir com as autoridades chinesas sobre usar o poder militar de forma responsável, observando que o aumento das tensões pode levar a um conflito militar se houver um mal-entendido ou erro de cálculo. “Estou ansioso para um diálogo honesto”, disse ele. “Estou ansioso para ouvir com atenção os chineses, e só então auxiliaremos a seguir em frente, e não apenas com oportunidades, mas com possibilidades e processos que satisfaçam essas perspectivas.”