Estupro, tortura, fome? Bem-vindos à Coreia do Norte

26/12/2014 14:08 Atualizado: 26/12/2014 14:08

O Conselho de Segurança da ONU lançou alguma luz sobre a situação deprimente dos direitos humanos na Coreia do Norte esta semana, quando a embaixadora dos EUA na Coreia, Samantha Power, disse que a vida no país é um “pesadelo vivo”.

Pela primeira vez, a situação dos direitos humanos na Coreia comunista foi discutida pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. No início do ano, a Comissão de Direitos Humanos do Conselho da ONU informou que a Coreia do Norte tinha cerca de 100 mil pessoas detidas em campos de prisioneiros.

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As provas da existência desses acampamentos vem de imagens de satélite, bem como de muitas horas de depoimentos de testemunhas.

Um ex-guarda de um dos campos, Ahn Myong Chul, testemunhou sobre como guardas rotineiramente estupravam prisioneiras. Um ex-prisioneiro, Kim Young-soon, disse aos investigadores que os presos estavam tão famintos que se viram forçados a procurar grãos de milho em excremento de gado.

A China, que tem poder de veto no conselho, brecou qualquer esforço para condenar as violações dos direitos humanos na Coreia do Norte. O embaixador da China, Liu Jieyi, disse que o conselho “deve abster-se de fazer qualquer coisa que possa causar o aumento das tensões”.

Lar de algumas das piores violações dos direitos humanos no mundo, a China é rápida para silenciar discussões sobre o assunto, mas é claro que essas violações por parte da Coreia do Norte devem ser trazidas à luz.

A Assembleia Geral da ONU exortou o Conselho de 15 membros para trazer as violações da Coreia do Norte dos direitos humanos para o Tribunal Penal Internacional. Enquanto os EUA, França e Reino Unido concordaram, o conselho ainda não tomou qualquer providência.