Estudo mostra a relação entre álcool, drogas e crimes

01/12/2014 00:00 Atualizado: 03/12/2014 20:31

Álcool, drogas e crimes têm algo em comum?

Um grupo de psiquiatras aventurou-se na mente de assassinos e descobriu diferenças entre aqueles que cometeram atos impulsivos e os que o fizeram premeditadamente. Algo em comum foi que a maioria estava bêbada ou drogada no momento do crime.

O estudo analisou as diferenças neuropsicológicas e de inteligência dos assassinos e descobriu que os crimes diferem acentuadamente tanto psicológica quanto intelectualmente, diz um comunicado do Dr. Robert Halon, professor de psiquiatria e neurologia clínica da Universidade de Medicina do Noroeste e coordenador do estudo publicado em junho.

“Os assassinos impulsivos deterioram muito mais mentalmente, sobretudo a deterioração cognitiva, tanto em termos de sua inteligência como de outras funções cognitivas”, comentou Hanlon. Por outro lado, “predadores e assassinos premeditados geralmente não apresentam deficiência intelectual ou cognitiva significativa, mas há mais deles com transtornos psiquiátricos”, disse o psiquiatra.

Os assassinos impulsivos são quase duas vezes mais propensos a terem um histórico de transtornos de humor ou distúrbios psicóticos. Cerca de 61% em comparação com 31% dos assassinos premeditados. Além disso, 59% dos impulsivos também têm deficiência mental, em comparação com 36% dos assassinos premeditados.

Um fato relevante foi que 96%, ou quase todos os assassinos impulsivos, tinham um histórico de abuso de álcool ou drogas, ou pelo menos estavam embriagados antes do crime. Em contraste, a presença do consumo de drogas era de 76% nos casos de assassinos premeditados.

O Dr. Halon divulgou os resultados com base na análise de 77 assassinos de prisões em Illinois e Missouri nos Estados Unidos. Para o psiquiatra, o estudo indica que os especialistas podem ajudar os tribunais com esses dados, contribuindo assim para que os juízes e jurados “estejam mais informados sobre as mentes e as alterações mentais das pessoas que cometem esses crimes violentos”.

“E para tentar aprender o máximo possível sobre os padrões de pensamento e transtornos psicopatológicos, neuropatológicos e mentais, que tendem a caracterizar as pessoas que cometem esses crimes”, disse Halon.

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Anastasia Gubin, Epoch Times