Estudantes assinam petição contra colheita forçada de órgãos na China

29/10/2013 09:15 Atualizado: 05/11/2013 23:18

Uma grande faixa dourada e cartazes coloridos foram espalhados na frente da biblioteca da Universidade de Colúmbia, lembrando mais uma vez aos transeuntes sobre as violações dos direitos humanos que ocorrem na China continental.

Voluntários do Clube Falun Dafa na universidade coletaram assinaturas em apoio à Resolução 281 da Câmara dos EUA, introduzida à Comissão de Relações Exteriores do Senado em 27 de junho pela congressista Ileana Ros-Lehtinen (R-Fla). A resolução tem 148 patrocinadores.

A Res. 281 pede que o regime chinês pare a colheita forçada de órgãos de praticantes vivos do Falun Gong e que pare de perseguir o grupo espiritual, que o regime começou a reprimir em 1999, o mesmo ano em que o Clube Falun Dafa foi fundado na Universidade de Columbia.

Damon Noto, um porta-voz da organização ‘Médicos contra a Colheita Forçada de Órgãos’, tem estado ativo em trazer o assunto à tona desde que relatos da colheita forçada de órgãos surgiram em 2006. “Seria um grande passo adiante o governo dos EUA apoiar as ações pelo fim da colheita forçada de órgãos na China”, disse ele. Noto disse uma vez que se os EUA falarem sobre as atrocidades, outros países seguirão o exemplo.

Kim Price, uma estudante da Universidade de Colúmbia, ficou na frente dos cartazes com folhetos azuis na mão. Ela disse que não podia acreditar nas atrocidades e que o campus era o local perfeito para exibir faixas e cartazes, onde os alunos passam diariamente o dia inteiro. “Isso abrirá as mentes e informará uma nova geração de pessoas que podem realizar alguma mudança”, disse ela.

Price, de 47 anos, recebe uma licenciatura em estudos urbanos. Ela disse que a música tranquila tocando ao redor do campus levou-a a fazer uma pausa e estudar os cartazes. Os sons tranquilos das composições instrumentais chinesas intituladas “Jishi” e “Pudu” ressoavam nos alto-falantes em torno do campus. “Espero que as pessoas parem e leiam a informação”, disse Price.

Stephen Petro, um estudante de doutorado, disse que as violações dos direitos humanos são sempre motivo de preocupação para ele. Petro publicou recentemente o livro “Rationality, Virtue, and Liberation: A Post-Dialectical Theory of Value” (“Racionalidade, virtude e libertação: Uma teoria pós-dialética do valor”, tradução livre).

“Isto é obviamente uma violação flagrante dos direitos humanos e a comunidade mundial deveria prestar mais atenção nessas coisas”, disse ele, acrescentando que a localização privilegiada em frente à estátua Alma Mater é fundamental para o campus.

“Devemos ter mais coisas como esta a cada dia”, disse ele. Ele sugeriu que os estudantes de Colúmbia saíssem detrás dos livros e realizassem protestos e marchas frequentes para mostrar que a universidade não admite violações dos direitos humanos.

Outro estudante que assinou a petição foi Edmund Bourke, que decidiu estudar a história mundial depois de uma vida de prática como médico renal. A filha de Bourke, Samantha Power, é embaixadora dos EUA na ONU e especializada em direitos humanos. Bourke disse que depois que sua filha ouviu falar no massacre da Praça da Paz Celestial, ela decidiu dedicar sua vida a expor os abusos dos direitos humanos.

Bourke disse que viajou à China quatro anos atrás e testemunhou policiais chineses à paisana espionando praticantes do Falun Gong na Praça da Paz Celestial. “Eu pensei que isso tinha melhorado, mas não melhorou”, disse ele. Bourke disse que não sabia sobre a colheita forçada de órgãos de praticantes vivos do Falun Gong, mas que tinha ouvido propaganda que o levou a pensar que aqueles que foram condenados à prisão perpétua poderiam vender os rins para sair.