A empresa estatal ucraniana de gás Naftogaz recusou pagar, de forma antecipada, o fornecimento de gás russo, informou hoje (15) o ministro da Energia interino da Ucrânia, Igor Didenko. Nesta semana, a estatal russa Gazprom reclamou US$ 1,66 bilhões (cerca de R$ 3,67 bilhões) de pagamento adiantado do consumo de gás estimado da Ucrânia durante o mês de junho.
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A Gazprom deu prazo até 2 de junho para a companhia ucraniana fazer o pagamento adiantado da matéria-prima energética prevista para ser entregue em junho, com base em consumo estimado de 114 milhões de metros cúbicos de gás por dia, conforme estipulado nos contratos. A Ucrânia corre o risco de ficar sem gás a partir do dia 3 de junho, caso não pague o montante exigido pela Rússia.
Em declarações a jornalistas, Igor Didenko assegurou que a “Naftogaz está disposta a pagar cerca de US$ 4 milhões (R$ 8,8 milhões)” à empresa estatal russa se o preço do gás for reduzido para US$ 268,5 (R$ 594) por mil metros cúbicos.
O preço atual do gás russo é US$ 485 (aproximadamente R$ 1 mil) por mil metros cúbicos, depois que a Rússia cancelou, em fevereiro, os descontos à Ucrânia, após destituição do presidente do país Viktor Ianukóvitch, considerado pró-russo. Em dezembro de 2013, antes da deposição de Ianukóvitch, o presidente russo, Vladimir Putin, decidiu baixar o preço do gás para US$ 268,5.
O consórcio estatal russo calcula que o consumo mínimo mensal da Naftogaz, fixado por contrato em 2009 entre a Rússia e a Ucrânia, supere 3,420 milhões de metros cúbicos. A dívida acumulada da Ucrânia ao consórcio russo supera US$ 3,5 bilhões (cerca de R$ 7,7 bilhões).
Essa matéria foi originalmente publicada pela Agência Brasil