O exército da Síria expulsou, no domingo (17), os combatentes do auto-anunciado Estado Islâmico do interior da antiga cidade de Palmira, ainda que os confrontos avancem nos arredores onde os extremistas dominam várias localidades, segundo informou a agência Reuters.
De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, cerca de 300 pessoas, a maior parte “jihadistas” e soldados do regime sírio, morreram desde o início do ataque do movimento Estado Islâmico contra Palmira, na quarta-feira (13). Entre os cerca de 60 civis mortos, a maioria foi morta pelos extremistas.
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No Iraque, as forças pró-governamentais sofreram uma grave derrota. Membros do Estado Islâmico assumiram o controle da cidade de Ramadi, que fica a 100 km da capital, Bagdá, derrota confirmada pelo governo da província de Al-Anbar. Nem o pesado ataque aéreo conduzido pelos Estados Unidos impediu os extremistas de avançar sobre a região.
“O caos, a violência e o terror se alastraram pelas ruas. As bombas caem sobre as casas. Fala-se da morte de muitas famílias. Nas ruas há muitas mulheres que tentam fugir”, disse um habitante de Ramadi.
“Agora estamos cercados dentro do Comando de Operações por Daesh, e estão chovendo bombas de morteiro”, disse um oficial militar dentro da base. Daesh é uma abreviatura árabe para o Estado Islâmico. “Os combatentes do Daesh estão em quase todas as ruas. É uma situação caótica e as coisas estão saindo de controle. Ramadi está caindo nas mãos do Daesh”, disse o oficial.
Os confrontos causaram cerca de 500 mortes em dois dias. O Estado islâmico já tem o controle da maior parte da província, que se estende das fronteiras sírias, jordanianas e sauditas até às portas de Bagdá.