Pelo menos 80 homens foram mortos no sábado (16) pelos jihadistas do Estado Islâmico (EI) no norte do Iraque depois de se recusarem a converter-se ao Islã. Depois do relato do massacre de civis, os EUA bombardearam a região.
Um oficial curdo disse que os homens foram mortos em dois grupos, depois da passagem de uma coluna de veículos do Estado Islâmico na aldeia de Kawju, perto da cidade de Sinyar. Segundo relatos no local, às vítimas da minoria yazidi era dito: “converta-se ao Islã ou morra”.
Segundo relata a EFE, os jihadistas conduziram os 80 yazidis à casa do xeque tribal Ahmed Yasua naquela aldeia, a 90 quilômetros de Mossul e, quando estes se recusaram a converter-se ao Islã, como exigiam os radicais, foram executados. É a segunda matança levada a cabo pelos militantes do ISIS depois de terem executado, há uma semana, 77 pessoas, entre as quais 33 mulheres e uma criança.
Desta vez as crianças e mulheres foram “poupadas” e levadas para lugar desconhecido. Serão cerca de 500 pessoas, segundo relatou um jornalista local à EFE.
Os EUA enviaram posteriormente um drone (dispositivo telecomandado) que destruiu dois veículos da coluna do Estado Islâmico.
Os caças-bombardeiros norte-americanos lançaram um dos maiores ataques até ao momento contra posições dos jihadistas do Estado Islâmico na zona da cidade iraquiana de Mossul, informou a televisão curda Rudaw.
Os bombardeios começaram depois da meia-noite, tendo-se centrado em quatro áreas controladas pelo Estado Islâmico, além de uma zona em Rabia e nas localidades de Mahmudia, Telskuf, Zumar y Tilkef.
Segundo um “peshmerga” (combatente curdo) que presenciou os ataques, citado pela Rudaw, estes foram os bombardeios mais intensos feitos pelos Estados Unidos desde que há uma semana começaram ataques seletivos na região, após o avanço do Estado Islâmico no norte do Iraque e da tomada de várias cidades por jihadistas.