Gu Kailai, esposa do político chinês recém-deposto Bo Xilai, supostamente confessou ter assassinado o empresário britânico Neil Heywood para prevenir que ele revelasse suas trapaças financeiras, segundo um artigo de um jornal japonês.
Heywood, de 41 anos, encontrado morto no ano passado, estava intimamente associado com Gu e Bo, o ex-secretário do Partido Comunista Chinês (PCC) em Chongqing que foi destituído do poder no início deste ano. O PCC está investigando Bo por outros delitos, que incluem nepotismo, corrupção e abuso de poder.
Gu, que não tem sido vista em público desde março, é suspeita de envenenar Heywood. As autoridades chinesas inicialmente atribuíram a morte de Heywood a uma “bebedeira que deu errado”. Fontes do PCC disseram recentemente ao Asahi Shimbun que Gu admitiu ter matado o empresário para impedi-lo de revelar suas artimanhas financeiras. Segundo o artigo, as fontes disseram que Gu recebeu rendimentos não declarados ao longo dos anos e transferiu 6 bilhões de dólares para o exterior usando a influência de seu marido para garantir tais acordos.
As fontes informaram ao jornal sobre um relatório de investigação provisória que circulou entre os membros seniores do PCC. No relatório, que foi criado pelo Gabinete Geral do Comitê Central do PCC, Gu disse que matou Heywood porque foi “encurralada” a respeito de uma investigação de suas transações financeiras.
Fontes disseram que as autoridades decidiram indiciar Gu e investigarão se Bo estava ciente ou não do assassinato. Enquanto isso, numerosos oficiais e outros associados de Bo têm sido questionados.
Patrick Devillers, um arquiteto francês que vive no Camboja e teria laços estreitos com Bo e Gu, foi preso no Camboja para interrogatório no início desta semana a pedido das autoridades chinesas. As autoridades cambojanas disseram que por enquanto não extraditarão Devillers.
Nota do Editor: Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.