Astrônomos capturaram a melhor imagem obtida até o momento de uma região da constelação de Escorpião, que chamam de “o berçário de estrelas da nebulosa NGC 6357” pelo ‘Very Large Telescope’ (VLT) do Observatório Europeu do Sul (ESO), localizado no deserto do Atacama no Chile.
“A imagem mostra inúmeras estrelas jovens e quentes, nuvens brilhantes de gás e estranhas formações de poeira esculpidas pela radiação ultravioleta e pelos ventos estelares”, informou o ESO em 20 de junho. É uma região onde estrelas nascem em meio a um caos de nuvens de gás e poeira.
A área central corresponde a “um largo rio de pó” que travessa o centro e absorve a luz ultravioleta de objetos distantes.
“À direita, há um pequeno aglomerado de estrelas jovens de cor azul-branca que se formaram a partir do gás. Provavelmente, se trata de estrelas de apenas alguns poucos milhões de anos de idade, muito jovens segundo padrões estelares”, dizem os astrônomos sobre a imagem principal.
Em sua explicação, eles enfatizam que a intensa radiação ultravioleta que emana destas estrelas está gerando uma cavidade no gás e na poeira ao seu redor e, assim, formas estranhas são esculpidas.
“Alguns dos astros mais fascinantes”, dizem os entusiasmados astrônomos, correspondem à radiação de estrelas jovens brilhantes que criam colunas ímpares, “semelhantes aos conhecidos ‘pilares da criação’ da Nebulosa da Águia”.
Os astrônomos descrevem este pó como um pó finíssimo, mais fino do que conhecemos normalmente, e que inclui, em sua maior parte, pequenas partículas de silicatos, grafito, gelo e água produzidos e lançados ao espaço por gerações anteriores de estrelas.
As estrelas centrais da nebulosa 6357 são as estrelas massivas mais brilhantes de nossa Via Láctea. O telescópio Hubble da NASA/ESA revelou anteriormente uma imagem excelente da zona central.
Dois vídeos relacionados:
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