A ex-ministra Chefe da Casa Civil e atual pré-candidata ao Governo do Paraná, a Senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR), não sabe escolher seus assessores, ou sente-se tão “intocável”, que não liga em escolher as piores relações possíveis.
Começou com Eduardo Gaievski (PT/PR), sua pior escolha até agora, pois conseguiu colocar um indivíduo que hoje é acusado de 40 crimes sexuais, sendo 28 contra menores e, destes, 14 contra vulneráveis (menores de 14 anos), para trabalhar na sala ao lado da presidente Dilma Rousseff (PT) e ainda por cima como responsável pelas políticas da Presidência da República para Jovens e Adolescentes. É como colocar o lobo para cuidar dos cordeiros.
Ainda por cima, os irmãos de Gaievski possuem mandados de prisão expedidos, seu filho está preso e seu melhor amigo, da época como Prefeito de Realeza (PR), também. Todos por tentativa de coerção e suborno de testemunhas. Seu filho é namorado da filha do prefeito atual de Realeza, o qual Gaievski ajudou a eleger e que mandou despejar de um “terreno público” um senhor que se recusou a retirar a queixa contra Gaievski, pelo estupro de sua neta.
Não satisfeita, escolheu o deputado federal André Vargas (PT/PR) como coordenador de sua campanha ao Governo do Paraná, para depois ter que afastá-lo pelo envolvimento deste com o doleiro Alberto Youssef e o ex-Diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em fraudes investigadas pela Polícia Federal na Operação Lava-Jato. O doleiro e o Costa estão presos, enquanto André Vargas ameaça abrir a boca caso não receba ajuda do Partido dos Trabalhadores, que recuou a ideia de jogá-lo aos leões depois de tais falas.
Vargas, Youssef e Costa são investigados por atuar na obtenção de contratos fraudulentos com o Ministério da Saúde, a Petrobras e outras estatais, além do pagamento de propinas a funcionários públicos e a políticos. No total, a turma teria movimentado ilicitamente R$10 bilhões. Entre esses contratos estão situações muito suspeitas, como a MO Consultoria, de Youssef, recebendo mais de R$34 milhões de nove fornecedores da Petrobras, sendo tal empresa apenas de fachada e investigada por corrupção ativa, ao repassar propinas.
Há também o contrato assinado a convite (?) de uma empresa, a Ecoglobal Ambiental, e sua filial nos Estados Unidos, a Ecoglobal Overseas, com a Petrobras. Ambas assinaram contrato de R$443,8 milhões, para depois venderem 75% de suas ações por R$18 milhões, para Youssef e Paulo Roberto Costa. Pois é, incrível!
Gleisi Hoffmann não pode dizer que desconhecia esse lado de André Vargas, nem mesmo de Youssef e sua relação com o primeiro, pois em 1998 ambos foram indiciados por desvio de R$14 milhões da Prefeitura de Londrina (PR) para abastecer o caixa 2 da campanha à Deputado Federal do atual Ministro das Comunicações (e marido de Gleisi) Paulo Bernardo.
Qual será o próximo passo? Colocar o Fernandinho Beira-Mar no Ministério da Defesa, ou em uma Secretaria de Políticas contra as Drogas? Desse jeito o único lugar ao qual Gleisi chegará é a lista negra do próprio PT, na qual já estão seus companheiros Gaievski e Vargas.
Essa matéria foi originalmente publicada pelo Blog do Roberto Lacerda