Equipes procuravam avião da Malaysia Airlines em local errado

30/05/2014 12:31 Atualizado: 30/05/2014 12:31

O mistério envolvendo o avião desaparecido da Malaysia Airlines não pára de ser alimentado com informações desanimadoras. Nesta quinta-feira 29), autoridades australianas descartaram oficialmente que a aeronave esteja na área onde as buscas estavam sendo realizadas.

A Agência de Segurança de Transporte da Austrália (ATSB), responsável por coordenar a operação, revelou que os sinais usados para delimitar a região de buscas não pertenciam à caixa-preta do voo MH370. Os ‘pings’, como são chamadas as frequências sonoras, haviam sido identificados em uma área de 850 quilômetros quadrados a 2.500 quilômetros de distância da costa da cidade australiana de Perth. Com isso, as equipes de resgate voltaram à estaca zero.

O chefe da ATSB, Martin Dolan, declarou que sua equipe levará de duas a três semanas para reavaliar os dados de satélite obtidos até o momento. “Não sabemos o que eram esses pings. Ainda estamos analisando estes sinais para entendê-los melhor”, destacou. Dolan, no entanto, disse estar “confiante” de que o avião realmente caiu no Oceano Índico.

Após detectar os sinais sonoros nos dias 5 e 8 de abril, a Austrália enviou embarcações para intensificar a procura pelo MH370. “Concentramos as buscas nesta área porque os pings eram a melhor informação que tínhamos recebido e também eram a melhor informação disponível até aqui.

Em circunstâncias como essas, o melhor que você pode fazer é seguir as melhores pistas”, justificou o vice-primeiro-ministro da Austrália, Warren Truss. Depois do anúncio da ATSB, o primeiro-ministro chinês Li Keqiang exigiu que a Malásia estabeleça um plano alternativo de buscas.

Das 239 pessoas a bordo da aeronave que ia de Kuala Lumpur a Pequim, 154 eram chinesas. “Nós esperamos que a Malásia adote o papel de líder e coordenadora, apresente um novo plano de busca pelo avião nos próximos dias e tome a dianteira da investigação com seriedade”, firmou o premiê chinês, segundo a agência estatal Xinhua.

Na terça-feira (27), o governo malaio e a empresa britânica Inmarsat, que registrou os últimos sinais enviados pelo avião via satélite, divulgaram pela primeira vez os dados que levaram as buscas pelo MH370 à remota região do Oceano Índico.

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