Equipe de inspetores deixa Síria no sábado e encontra secretário-geral da ONU em Nova York

30/08/2013 13:54 Atualizado: 04/09/2013 22:35
Ban Ki-moon, o secretário-geral da ONU, fala com jornalistas em Viena, Áustria (Rick Bajornas/ONU)
Ban Ki-moon, o secretário-geral da ONU, fala com jornalistas em Viena, Áustria (Rick Bajornas/ONU)

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, vai encurtar a sua visita oficial à Áustria para retornar a Nova York e se preparar para uma reunião com a equipe de inspetores de armas químicas das Nações Unidas que deverá encerrar suas atividades na Síria na sexta-feira (30).

Segundo Ban, o grupo liderado pelo cientista sueco Åke Sellström voltará aos Estados Unidos no sábado (31) e se reunirá com o secretário-geral da ONU imediatamente. A equipe vem realizando seu trabalho sem incidentes após uma pausa na terça-feira (27), quando o comboio foi atacado por atiradores enquanto seguia para Ghouta, no subúrbio de Damasco, onde supostas armas químicas foram usadas no dia 21 de agosto.

Nesta quinta-feira (29), Ban Ki-moon conversou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre como as Nações Unidas, os EUA e o mundo podem trabalhar em conjunto para resolver o problema das armas químicas na Síria. Ele também expressou seu desejo de que a equipe de investigação possa continuar realizando suas atividades e chegar a uma conclusão sobre as denúncias em Khan al-Asal e outras localidades.

Também na quinta-feira, Ban discutiu a investigação e a situação geral na Síria com o presidente austríaco Heinz Fischer e o chanceler Werner Faymann. “Somos da opinião de que a situação deve ser resolvida de forma pacífica através do diálogo”, disse ele a jornalistas após as reuniões.

Em resposta à especulação de que alguns países do ocidente estão planejando realizar uma ação militar na Síria, Ban Ki-moon disse que não iria falar sobre qualquer coisa sobre a qual ele não tivesse conhecimento e acrescentou: “Se é preciso haver quaisquer ações unilaterais ou militares, como secretário-geral, eu gostaria de enfatizar que é a Carta [da ONU] que fornece o quadro de ação para garantir a paz e a segurança internacionais”.

Esta matéria foi originalmente publicada pela ONU Brasil