NOVA YORK – Especialistas de dança concordam que a presença de palco e a expressividade artística são geralmente os aspectos mais difíceis de dominar para qualquer bailarino. Mas essas também são características que a dançarina clássica chinesa Kexin Li tem em abundância.
A habilidade física é um requisito para qualquer profissional de dança e pode ser praticada ao longo do tempo. Mas a presença de palco, a expressividade e o peso emocional transmitidos por um dançarino no palco são habilidades que requerem anos de experiência e aperfeiçoamento artístico, e também de amadurecimento pessoal.
Para a Sra. Li, isso veio naturalmente, sua “elegância e natural presença de palco” são incomparáveis, disse um de seus mentores na Academia de Artes Fei Tian.
Quando questionada numa entrevista para o Epoch Times como ela se preparava, ela respondeu: “Você tem de manter seu ser interior puro e calmo, sem qualquer fragmento de pensamento paralelo. Você imagina e se foca em como incorporar o personagem e em tentar trazer a plateia para a dança.”
“Se você retrata uma divindade celestial, você tem de imaginar como ela se apresentaria, com toda sua pureza, elegância e graça”. A capacidade de encarnar com precisão e fidelidade seus personagens – e assim ser capaz de captar o coração do público – requer muita pesquisa, preparação e prática.
A Sra. Li é uma das dançarinas principais que atua com o Shen Yun Performing Arts, uma companhia artística nova-iorquina cuja missão é promover a dança clássica chinesa e toda a tradição, cultura e história milenares que ela abraça.
De todas as formas de dança do mundo, a dança clássica chinesa enfatiza particularmente transmitir o espírito interior dos personagens. Originária das antigas cortes imperiais chinesas, a dança clássica chinesa emprega posturas e expressões físicas únicas, bem como complicados movimentos acrobáticos como saltos, quedas, giros, etc.
Sem medo
Uma dança particular em que a Sra. Li deixa a audiência embevecida é “Flocos de neve acolhem a primavera”, uma dança em que os bailarinos devem habilmente girar e lançar lenços de paetês, que representam flocos de neve bailando no ar.
“Eu jogo o lenço no ar, faço um salto e o pego com a outra mão”, disse ela. Mas essa coordenação e sincronia não ocorrem isoladamente, mas com outros dançarinos simultaneamente no palco e fazendo o mesmo, o que é definitivamente uma visão fascinante.
“Eles lançam e pegam esses ‘flocos de neve’ de tal forma que você tem de piscar com frequência para se certificar de que não está imaginando coisas, foi fenomenal”, disse Samantha Simpson, reitora de uma escola de balé clássico na Austrália, após assistir uma apresentação do Shen Yun em Sydney em 2012, quando Kexin Li atuava.
“Fazemos em torno de 300 a 500 manobras diariamente”, disse ela, relatando sua rotina de treinamento e preparação para a dança dos “Flocos de neve”. Mas ela compartilhou que, apesar de todos os lançamentos e capturas poderem ser cansativos, “ser bem sucedido realmente depende de quão calma está sua mente”.
“A última coisa que você quer pensar é em errar ou deixar o adereço cair”, disse ela. “Um dançarino realmente não deve ter medo ou arrependimentos.”
Para mais informações, visite: ShenYunPerformingArts.org