Enrique Peña Nieto na capa da revista Time: “Salvando o México”

14/02/2014 22:44 Atualizado: 14/02/2014 22:54

O presidente mexicano Enrique Peña Nieto é destaque na mais recente capa da revista Time, e proclamado como “Salvando o México” por meio da implementação de reformas profundas na política de repressão às drogas. Essas reformas “mudaram a narrativa em sua nação manchada pelo narco[tráfico]”, diz a capa.

No entanto, alguns não estão satisfeitos com Nieto estar na capa. Charges da capa compartilhada no Twitter incluem a mudança da palavra “salvando” por “vendendo”, “matando” etc., enquanto outras versões o substituíram por Adolf Hitler, pela Morte etc. Outra dizia: “Quem está salvando o México desta [palavrão]?”

A história real não foi publicada ainda, mas a revista Time escreveu favoravelmente sobre Nieto anteriormente, incluindo na edição Time 100 em 2013, uma lista do que seriam as 100 pessoas mais influentes do mundo.

“Numa aparição conjunta em 2012 na Cidade do México com o então candidato presidencial Enrique Peña Nieto, eu vi que a mídia mexicana foi o atacava violentamente. Seus críticos argumentavam que ele era inexperiente e não testado, um menino bonito com uma esposa estrela de TV; eles estavam céticos de que seu partido, o antigo PRI, fosse reformar o país e controlar os cartéis de drogas. No entanto, ficou óbvio para mim que ele tinha muitíssimo carisma, uma rápida compreensão das questões e um lado bem-humorado autodepreciativo”, escreveu Bill Richardson, ex-governador do Novo México.

“Os Estados Unidos não deveriam tratar Peña Nieto como um bode expiatório. Ele combina o carisma de Reagan com o intelecto de Obama e as habilidades políticas de Clinton. Este é um líder a ser observado.” Considerando que o democrata Richardson fez parte da administração Obama, seus comentários podem sinalizar o apoio do atual governo americano ao novo presidente do México.

Outro artigo reconhece que a brutal guerra contra as drogas não tem ido tão bem quanto planejada, com um número recorde de sequestros relatados nos primeiros 11 meses de 2013. O número de 1583 foi maior do que o total de 2012 e quatro vezes o número desde 2007. Muitos outros dados também não foram reportados.

“Esse número recorde de sequestros deixa uma mancha no que tem sido apontado como um primeiro ano relativamente bem-sucedido para o presidente Enrique Pena Nieto, que assumiu o poder em dezembro de 2012”, segundo a Time.