Enquanto Tibete queima, exilados exigem ação

24/10/2012 17:58 Atualizado: 31/10/2012 18:01
Manifestantes liderados por monges budistas tibetanos gritam slogans e levam a bandeira nacional tibetana perto do Mosteiro Labrang na província de Gansu, em 14 de março de 2008. (Marcos Ralson/AFP/Getty Images)

Um homem tibetano ateou fogo em si mesmo em 23 de outubro, o que significa o oitavo tibetano neste mês, em protesto contra a repressão das autoridades comunistas chinesas e, agora, os líderes tibetanos no exílio estão apelando à comunidade internacional para fazer algo a respeito.

Uma série sinistra de imagens publicadas no website da Campanha Internacional pelo Tibete mostra o Dorje Rinchen correndo pela rua em chamas perto do Mosteiro Labrang no centro da província de Gansu, antes de cair. Mais tarde, ele morreu dos ferimentos. Esse foi o segundo incidente do gênero fora do mosteiro em dois dias.

Soldados chineses estavam num impasse com os moradores da cidade que tentavam proteger seu corpo e leva-lo para o mosteiro. Dorje estava em seus 50 anos e vendia pão no mosteiro.

A Administração Central Tibetana no exílio, que recentemente disse aos tibetanos que vivem na China para não se imolarem, disse na quarta-feira que a repressão chinesa está levando as pessoas a tais atos. O Parlamento tibetano acrescentou que expressa “profunda tristeza” sobre as autoimolações. Desde fevereiro de 2009, 58 tibetanos se imolaram, com a maioria morrendo por causa dos ferimentos, e a frequência das autoimolações só tem aumentado.

Num comunicado, o governo disse que há uma “repressão sistemática de sua liberdade de religião e dos direitos humanos, a destruição da língua, cultura e meio ambiente tibetanos e a assimilação da nacionalidade tibetana por meio do influxo induzido maciço da população chinesa para o Tibete”.

O regime comunista chinês, “o único responsável pelas contínuas autoimolações de tibetanos no Tibete, se recusa a resolver ou lidar com as causas do problema e, em vez disso, intensifica medidas repressivas contra o povo tibetano”, disseram os exilados.

O grupo também emitiu um alerta ao regime chinês, dizendo que se não recuarem a repressão nas áreas tibetanas, a situação definitivamente se deteriorará ainda mais. Outros governos também deveriam pressionar as autoridades chinesas a fazerem mudanças significativas, acrescentaram os exilados tibetanos.

Fontes locais disseram ao Tibet Post International que o corpo Dorje foi levado por tibetanos locais para sua cidade natal.

O incidente levou as autoridades chinesas locais a enviarem um grupo das forças armadas de segurança para o município de Sayue, perto do mosteiro, segundo a publicação. Eles também teriam cortado a internet e as linhas de telecomunicações na área após a autoimolação, um fenômeno que tem sido comum em incidentes anteriores.

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