Empresário protesta contra China em Nova York

19/09/2012 07:00 Atualizado: 19/09/2012 07:01
Michael Hull usa um chapéu caseiro durante um protesto do lado de fora Salão Alice Tully, Lincoln Center, em 15 de setembro. (Cai Rong/The Epoch Times)

NOVA YORK – Uma visão incongruente cumprimentava transeuntes fora do Lincoln Center em 15 de setembro. Um chinês-norte-americano usando um chapéu alto, vermelho e pontudo agitava uma bandeira dos EUA numa mão e uma faixa com caracteres chineses vermelhos na outra. Mas a mensagem era séria.

China hoje: um chinês-norte-americano acreditou por engano em oficiais comunistas, investiu na China, teve seus ativos roubados, passaporte apreendido e foi severamente espancado por agentes da segurança pública, deportado e todos seus esforços foram pelo ralo”, dizia a mensagem na faixa.

Michael Hull, um ex-banqueiro do Chase Manhattan, protestava contra um show chinês patrocinado pelo Partido Comunista Chinês (PCC) que ocorria no Salão Alice Tully em Nova York.

O show “Melodia eterna, amor eterno” era parte da ‘Semana de Artes China Hoje 2012’, realizada pela Federação Chinesa dos Círculos Literários e Artísticos (FCCLA).

A FCCLA é uma organização fundada e controlada pelo PCC. O FCCLA é o braço do PCC que controla todo o domínio das artes na China.

O desempenho no Lincoln Center no sábado foi lançado pela FCCLA, chamado de “China Hoje”. Era uma mistura de espetáculos artísticos, incluindo dança, instrumentos, solos, acrobacias, etc. Na superfície, os programas introduzem a cultura chinesa. Mas a última peça, um solo masculino chamado “Por que a flor é tão vermelha”, é uma canção comunista vermelha de um filme de 1963. É uma das músicas que o político chinês deposto Bo Xilai utilizava em Chongqing durante sua campanha de canções vermelhas.

Hull estava incomodado com o título da exibição, “Melodia eterna, amor eterno”.

“Eu não acho que a China [o PCC] tem qualquer amor”, disse ele. “Não há amor. Isso apenas iludirá os que querem conhecer a cultura chinesa. Hoje, a China é um país sem direitos humanos.”

Hull protestou por cerca de duas horas no sábado; essa foi a segunda vez que ele protestou contra apresentações no Lincoln Center este ano.

“O PCC está promovendo sua cultura aqui, enquanto colhe órgãos de pessoas vivas e rouba o dinheiro dos outros. Ele não tem direito de se envolver em cultura”, disse Hull. “Se você é um país de cultura, como você pode fazer essas coisas?! A cultura (do PCC) é roubo, desordem e violência. […] Como pode um assassino ou um ladrão falar de cultura?”

Hull começou um empreendimento na China em 1996, atraído pelos métodos do PCC de buscar investidores. Hoje, o American Trade Group, uma empresa de construção que já teve 10 milhões de dólares investidos nela, vale menos do que 60 dólares. Funcionários do PCC saquearam os ativos da empresa e não houve recurso para Hull.

“Eu não sabia da história do PCC na época. Se eu soubesse, eu não teria caído na situação que estou”, disse ele. “Agora, vendo o PCC […] incutir sua cultura em outros países, eu quero que o povo chinês conheça a tragédia dos chineses no estrangeiro. O povo chinês deve saber: Se você acredita no PCC, você sofrerá até a morte por causa dele.”

A última vez que Hull voltou à China em 2010, ele foi perseguido pela polícia secreta, detido ilegalmente e deportado.

“Eu sou o primeiro chinês nos EUA que foi espancado quando apelou legalmente [na China]. A polícia de Shanghai cancelou meu visto chinês e apreendeu meus papéis de voltar para casa. Eu não tenho saída. Não posso entrar na China para apelar e recuperar meu investimento desviado.”

Hull disse que estava determinado a protestar contra o espetáculo no Lincoln Center e que planejava continuar a protestar em frente à embaixada chinesa em Washington DC.

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