A empresa Amazon emprega 88.400 pessoas e continua a aumentar seus funcionários, como os previstos 5 mil empregos para um centro de atendimento no Tennessee, EUA. Enquanto isso parece muito, a Amazon faz tanto dinheiro por funcionário que esta eficiência pode na verdade destruir postos de trabalho no setor de varejo.
“A Amazon pode operar em instalações bem distantes do destinatário, com nada além de prateleiras metálicas e piso de cimento, e pode servir muitos clientes com apenas uma fração dos locais e da força de trabalho que seus concorrentes necessitam. Em praticamente todas as frentes, a empresa é mais eficiente do que seus pares”, escreve Alex Daley da Casey Research.
A implicação de seu relatório mais recente: Para cada funcionário que a Amazon contrata, isso reduz tanto a receita de tijolo e argamassa dos concorrentes que eles têm de demitir cinco funcionários em troca. Mas as coisas não são tão simples. O dinheiro que a Amazon economiza por meio da logística eficiente flui para outras áreas da economia, criando empregos em outros setores.
Daley compara a Amazon com a empresa TJX, que possui lojas como a Maxx, Marshalls e Home Goods. A TJX também compete em preço com a Amazon. Nos últimos doze meses, a TJX gerou receita de 26,27 bilhões de dólares e empregou 179 mil pessoas. A Amazon por outro lado, gerou 66,85 bilhões de dólares com sua força de trabalho de 88.400. Isto é 2,5 vezes a receita com metade dos funcionários.
O resultado: Um escalonamento de 756.199 dólares de vendas por empregado. A TJX vende 145.759 dólares por empregado e a Wall-Mart 213.790 dólares.
“Por cada frasco de ‘Crazy Aaron’s Thinking Putty’ que é enviado pela porta afora, o número de pessoas na folha de pagamento é apenas um quarto do Walmart e da Target ou um quinto da TJX”, escreve Daley. Ele conclui que quanto mais receita a Amazon captura do bolo total do varejo, menos pessoas são empregadas no setor.
“De certa forma, para cada emprego que a Amazon ‘cria’, outros quatro postos de trabalho desaparecem numa empresa como a TJX.”
Mas há outro lado da história. Enquanto a Amazon reduz a necessidade de mão de obra por um lado, cria-se a demanda por mais empregos por outro.
“Cumprir as ordens de algumas dezenas de clientes da Amazon pode exigir dezenas de pacotes individuais enviados para meia dúzia de diferentes instalações de classificação e colocados em algumas dezenas de caminhões diferentes”, escreve Daley.
Então, a Amazon e seus clientes indiretamente pagam por todos os motoristas de caminhões comerciais, pilotos e pessoal de entrega de encomendas. Observando as margens de lucro da Amazon, Daley nota que a empresa gasta quase todas as suas receitas em despesas e mal gera qualquer dinheiro para os acionistas. O dinheiro gasto está fluindo para a economia e criando empregos.
“O que a Amazon não gasta contratando funcionários diretos, a empresa terceiriza para outros e a soma dessas despesas é enorme”, escreve ele, citando os desenvolvedores de software e empregos relacionados ao licenciamento de conteúdo como exemplos adicionais.
Daley argumenta ainda que empresas eficientes como a Amazon produzem renda para os investidores que então podem reinvestir em novas tecnologias e criar novos empregos. Apesar da Amazon tirar empregos no setor de varejo, há uma fresta de esperança, segundo Daley.
“Qualquer empresa cuja tecnologia melhora a eficiência desta forma reduzirá o emprego na indústria afetada. Esta é a ruptura. Mas isso não significa necessariamente que esses empregos desapareçam para sempre.”
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