Emilio Botín, presidente do Grupo Santander, morreu ontem aos 79 anos. A informação foi dada pela entidade financeira à Comissão Nacional do Mercado de Valores de Espanha (CNMV).
No pequeno texto, o Banco Santander diz lamentar o falecimento do seu presidente e informa que a comissão de nomeações e o conselho de administração irá se reunir para designar o sucessor de Botín.
A causa da morte, segundo uma fonte do Santander informou ao El País, teria sido um ataque cardíaco.
Botín nasceu em 1934, na cidade de Santander, parte de uma família de banqueiros. Sucedeu o pai e avô, que também presidiram o que hoje é considerado o maior banco espanhol e um dos maiores do mundo.
Foi responsável pela expansão internacional do banco, que presidiu desde 1986, liderando a operação que permitiu a entrada em Portugal, com pequena participação no Banco de Comércio em Indústria e que, em 1993, se tornaria majoritária, quando é criado o Banco Santander de Negócios Portugal.
Botín era considerado um dos líderes financeiros mais influentes da Europa. Pelo mundo fez importantes investimentos na América Latina, comprando bancos na Argentina, Brasil e México. Em 1994, deu um salto importante, quando o grupo comprou o Banesto e, logo depois, fez aliança com o Banco Central Hispano, que criou o Banco Santander.
Pai de seis filhos, controlava cerca de 1% das ações do Santander e tinha uma fortuna estimada em mil milhões de euros. Foi alvo de vários processos judiciais, entre os quais uma investigação sobre alegada evasão fiscal e outra referente a pagamento de indenizações a um diretor do banco.